Instalação do artista plástico Siron Franco projeta cachoeira no Museu da República
Uma grande cachoeira será projetada na cúpula do Museu Nacional da República, em Brasília, nesta quinta-feira (22), Dia Mundial da Água, a partir das 18h30. A instalação é do artista plástico Siron Franco pretende chamar atenção para importância do cuidado com o uso da água, além de fazer parte das atividades do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece na capital federal até 23 de março. Mais de 43 mil pessoas já passaram pelo evento.
Siron Franco conta que a instalação, intitulada Santo Graal, busca conscientizar a população acerca do uso que é feito da água, especialmente em meio aos frequentes racionamentos sofridos na capital. “Quero chamar atenção das pessoas para a beleza que estamos perdendo e, ao mesmo tempo, mostrar como a água é importante não só do ponto de vista estético, mas também no modo de usar”, afirma.
O artista plástico afirma que a água é um tema recorrente em suas obras, e que a inspiração veio do pai, Constâncio Altino Franco. “Penso nessa questão desde garoto. Meu pai falava sobre isso desde os anos 1960, quando eu tinha 13 anos. O pessoal estava indo para o Rio Madeira garimpar e meu pai falava que o negócio não era ouro, era água. E ele estava certo”, revelou.
Essa é a segunda vez que a instalação Santo Graal é projetada no Museu da República, obra do arquiteto Oscar Niemeyer. A primeira ocorreu no Green Move Festival, um evento musical, em setembro de 2017.
No entanto, Siron Franco conta que desta vez, como não haverá palco e luzes ao redor, a projeção promete ficar ainda mais evidente aos olhos dos que passarem pela Esplanada dos Ministérios, no centro da capital federal. “Agora vamos exibir em um ambiente mais escuro. Uma cachoeira descerá toda a cúpula, virando uma grande queda d’água”, revelou.
O artista plástico goiano acumula experiências em grandes eventos internacionais. Em 2012, o tema água também foi enfatizado na exposição “Brasil Cerrado”, exibida no Museu de Arte Moderna do Rio, durante os debates da Rio+20. A obra foi um alerta às devastações sofridas pela região Centro-Oeste ao longo dos anos. “Era uma instalação sensorial, pela qual o público caminhava por uma cachoeira dupla por uma passarela de água”, lembra.
Sobre o artista
Pintor, desenhista e escultor, Siron Franco nasceu em Goiás Velho (GO), em 1947. Passou sua infância e adolescência em Goiânia. Começou a ganhar a vida fazendo e vendendo retratos. Em 1965, decidiu concentrar-se no desenho. Ganhou o prêmio Viagem ao Exterior no Salão de Arte Moderna em 1975. Hoje, possui mais de 3 mil obras criadas e apresentadas salões e bienais de todo o mundo.