China anuncia proibição de testes da indústria de cosméticos em animais
A indústria de beleza e cosméticos da China atualmente lucra cerca US$ 32 bilhões por ano (R$ 126 bilhões) e continua a se expandir em velocidade superior ao próprio crescimento do país.
O mercado emergente e com grande potencial ainda é se ‘escora’ na retrógrada legislação do gigante asiático: por lei, o governo exige que todos os produtos cosméticos passem por testes prévios em animais antes de serem vendidos.
Com isso, as multinacionais de países com legislação mais dura e protecionista com os animais se deslocam para a China, onde podem realizar testes à vontade, por ser algo não só permitido, mas obrigatório.
Trata-se de um método atrasado considerando os relevantes avanços da comunidade científica na biotecnologia, por exemplo, além da ampla campanha de combate à exploração animal promovido por ONGs e entidades filantrópicas.
Mas há boas notícias no horizonte: após quase uma década de discussão, o Instituto de Ciências In Vitro (IIVS) anunciou que o governo chinês aprovou nove métodos de pesquisa e testagem não baseados em animais, cuja legislação entrará em vigor em 2020.
Segundo um comunicado à imprensa, as novas resoluções serão consideradas em todo o processo de registro e aprovação antes da comercialização de produtos.
Houve um trabalho de convencimento das autoridades por parte da IIVS em parceria com a Associação Nacional de Produtos Médicos da China (NMPA) sobre a confiabilidade e segurança dos procedimentos in vitro visando modernizar a regulamentação e acabar, de vez, com os testes em animais.
As empresas e indústrias que não seguirem a nova regulamentação serão multadas. O valor cobrado ainda não foi anunciado.
FONTE: https://razoesparaacreditar.com/animais/china-fim-testes-animais/