UFPR é a universidade com mais bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq no Paraná
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a universidade mais contemplada com bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Paraná, conforme levantamento feito com as principais instituições de ensino do estado. Os dados foram verificados no dia 13 de março a partir das bolsas vigentes listadas no site do CNPq. De acordo com o Conselho, a bolsa existe desde 1976 e constitui o mais tradicional instrumento de apoio à pesquisa do CNPq. O objetivo é reconhecer e valorizar o trabalho dos pesquisadores no que diz respeito à produção de conhecimento científico e inovação tecnológica.
Em resultado preliminar da chamada CNPq 09/2018, a UFPR tem 101 novas bolsas PQ concedidas. Entre os critérios de julgamento foram avaliados mérito científico, originalidade e relevância do projeto para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, considerando seus potenciais impactos, aplicabilidade e caráter inovador. O reitor da Universidade, Ricardo Marcelo Fonseca, e a vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz, ambos pesquisadores produtividade nível 1B do CNPq, parabenizaram por meio de ofício a todos os contemplados. “A presença de pesquisadores de alto desempenho que qualificam nossos quadros precisa ser reverenciada”, dizem.
Ao todo, os pesquisadores da UFPR com bolsas PQ atuam em 57 áreas, da Administração, Artes, Ciências Ambientais, Direito, Educação, Filosofia, Engenharias, Medicina, Química até a Zootecnia, o que representa um impacto social nas mais diversas vertentes. A UFPR possui 14 pesquisadores produtividade em pesquisa CNPq com nível 1A; 27 com 1B; 30 com 1C; 53 com 1D; 195 com nível 2; e um sênior.
De acordo com o CNPq, as bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) são destinadas aos pesquisadores que se destacam entre seus pares, valorizando sua produção científica segundo critérios normativos, estabelecidos pelo CNPq, e específicos, pelos comitês de assessoramento do CNPq.
Os critérios adotados contemplam, entre outros aspectos, mérito científico do projeto; relevância, originalidade e repercussão da produção científica do candidato; formação de recursos humanos em nível de pós-graduação; contribuição científica, tecnológica e de inovação, incluindo patentes; coordenação ou participação em projetos e/ou redes de pesquisa; inserção internacional do proponente; participação como editor científico; participação em atividades de gestão científica e acadêmica.
Como funcionam os níveis
Para receber bolsas PQ da categoria 1, os pesquisadores devem ter no mínimo oito anos de doutorado. O enquadramento é feito em quatro diferentes níveis (A, B, C ou D), com base comparativa entre os seus pares e nos dados dos últimos 10 anos, entre eles o que demonstre capacidade de formação contínua de recursos humanos.
A diferenciação entre os níveis A, B, C e D é baseada nos critérios citados anteriormente, que tem peso maior em cada nível, entre outros aspectos. Espera-se, conforme o CNPq, que esses pesquisadores tenham gradual inserção nacional e internacional, por meio de palestras e assessorias ad hoc a revistas nacionais e internacionais e de órgãos de financiamento à pesquisa, bem como envolvimento em atividades de gestão científica, incluindo a organização de eventos, participação em comitês assessores estaduais ou nacionais, sociedades científicas, revistas científicas, assessoria de órgãos de governo estaduais ou nacionais, e conferências proferidas a convite e/ou em plenárias de congressos.
Já para receber bolsas PQ na categoria 2, em que não há especificação de nível, os pesquisadores devem ter no mínimo três anos de doutorado. É avaliada a produtividade com ênfase nos trabalhos publicados e orientações referentes aos últimos cinco anos. Já os pesquisadores da categoria sênior devem ter no mínimo 20 anos consecutivos ou não com bolsa do CNPq de Produtividade em Pesquisa (PQ) ou em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT).