UFPR apresenta pesquisas sobre cidades inteligentes em painel no Smart City Expo
Um grupo de professores da Universidade Federal do Paraná apresentou, nesta quinta-feira (1), algumas das pesquisas relacionadas à temática das cidades inteligentes em um painel no evento Smart City Expo. A programação aconteceu no espaço do Vale do Pinhão.
O painel abordou a importância da gestão da informação em projetos de smart cities. Seis professores da instituição apresentaram experiências em projetos, envolvendo diversas áreas.
“A proposta é mostrar para a comunidade que a UFPR tem um grupo de excelência que pesquisa o tema e que uma série de projetos interessantes trazem o conceito de cidades inteligentes para Curitiba”, explica Maria do Carmo Duarte Freitas, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação e mediadora do painel.
O diretor técnico da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Tiago Francisco, é egresso do curso de Engenharia Civil da UFPR e conta que teve uma empresa incubada pela Agência de Inovação. “Aqui no evento, queremos mostrar que as universidades federais também estão acompanhando esse movimento e estão abertas para a inovação. Sabemos que o salto da ciência para a tecnologia não é rápido. Por outro lado, é um salto sustentável”, afirma.
O professor Ricardo Mendes Junior destacou que o evento contribui para a formação de novas parcerias. “O Smart City Expo reuniu muitos profissionais, empresas, startups e prefeituras. Esse evento é um marco para o trabalho de pesquisa porque aqui podemos desenvolver as atividades institucionais, parcerias e fazer contatos”, diz.
“Queremos manter a academia cada vez mais próxima não só do cidadão, mas também dos setores privado e público. Essa é a ideia do evento, reunir diversas esferas para debater as melhorias para a cidade e qualidade de vida do cidadão”, destaca Caio Castro, sócio-diretor da empresa iCities que organiza o evento.
A vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz, ressalta que a contribuição da universidade vem de um longo período: “Não podemos esquecer que a UFPR formou muitos prefeitos e gestores de Curitiba. Cada vez mais a universidade está inserida nessa nova modalidade, de forma participativa e integradora com a comunidade”.
“A expectativa é criar parcerias e dar visibilidade aos nossos projetos, pensando no conceito de cidades inteligentes para a comunidade e outras prefeituras”, completa a docente Maria do Carmo.
Painel UFPR
O professor Ricardo Mendes Júnior, do Departamento de Engenharia de Produção, apresentou os projetos City Information Model (CIM) e Mapeamento Colaborativo. “Nosso trabalho está no início e aborda a união de plataformas novas de modelagem de construções, com sistemas de georreferência das cidades”, explica.
O planejamento urbano foi o tema abordado pela professora Cristina de Araújo Lima, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. “Vemos que o sistema dos BRTs, principalmente os eixos estruturais, impacta a produção da cidade em vários aspectos. O BRT está sendo implantado em outros municípios e questionamos a eficiência do planejamento da cidade. Não há um levantamento do grau de eficiência do espaço”, disse.
A programação do painel também debateu a mobilidade urbana. “Temos uma pesquisa para interconexão dos cinco campi da UFPR em Curitiba por ciclovia. Queremos que o projeto seja implantado na cidade”, diz Marcia de Andrade Pereira Bernardinis, do Departamento de Transportes. “São menos de 4 quilômetros, aproveitando a ciclovia já existente. A interconexão atenderia o público universitário e a comunidade em geral”.
Guilherme Francisco Frederico, docente do Departamento de Administração Geral e Aplicada, apresentou a pesquisa sobre medição de desempenho em Smart City. “Não adianta termos as melhores técnicas aplicadas a Smart City se não há gestão. Estruturar o sistema de medição de desempenho implica garantir que o planejamento será cumprido por meio de iniciativas estratégicas”, afirma.
Sérgio Fernando, do grupo de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, finalizou o painel com o tema economia circular. “O sistema atual é linear e nele há exploração de recursos naturais não devidamente valorizados. A economia circular associa o potencial natural e ecológico às demandas tecnológicas para preservar capital natural e fazer com que a economia circule durante mais tempo sem recursos naturais”, explica o professor.