Eldorado deve ir ao mercado buscar recursos para financiar expansão

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A empresa que melhorar o perfil de sua dívida e garantir financiamento para o projeto de duplicação

Eldorado Brasil, fabricante de celulose do grupo J&F, está se preparando para ir ao mercado de dívida ou de ações nos próximos meses se as condições forem favoráveis, com o objetivo de melhorar seu perfil de dívida, ao mesmo tempo em que mira um aumento de capital e orquestra financiamento bilionário para seu projeto de expansão.

A companhia divulgou nesta semana o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,87 bilhão em 2015 depois de três anos de início de operação. “Na nossa visão, liquidez (no mercado) não é o problema hoje e as taxas de juros no mundo estão baixas. O dinheiro não está sendo colocado para trabalhar por conta de uma percepção de risco. Mas a empresa é exportadora, tem baixo custo de produção, projeto de expansão sendo executado e vai ter rating muito favorável no momento certo”, disse José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Brasil.

Para ele, a Eldorado também é favorecida pelo câmbio e pela política de hedge conservadora. Além disso, uma colocação no mercado de capitais seria endereçada, sobretudo, ao investidor do exterior, onde o mercado vai melhor que o brasileiro. A lógica de uma operação seria reduzir custo e alongar a dívida, não financiar a ampliação da fábrica em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Atualmente, a dívida líquida da Eldorado está em cerca de R$ 7,9 bilhões. Uma decisão de ir ao mercado ainda não foi tomada, mas, segundo o executivo, a prioridade agora é deixar a companhia pronta do ponto de vista regulatório e de qualidade de suas contas para aproveitar momento mais favorável dos mercados, algo que pode ocorrer nos próximos meses. “Estamos trabalhando na preparação de um ‘info memo’ com dados. Nunca sabemos quando o mercado vai estar pronto”, disse Grubisich.

Já para financiar o projeto de expansão, de cerca de R$ 8 bilhões, a empresa discute uma operação de aumento de capital de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões, que poderia ocorrer por uma capitalização pelos sócios atuais ou uma colocação privada.

China: sobre os preços de celulose em dólares nesse país, Grubisich disse que em dezembro foi registrada ligeira queda, depois de estabilidade em outubro e novembro e de pequeno aumento em setembro. A Ásia é o maior mercado da Eldorado, com 43% do volume de venda de exportação. Os compradores chineses têm buscado menores preços por conta da previsão de entrada de novas capacidades de produção no mercado neste ano, como a da Klabin e da Asia Pulp & Paper (APP) na Indonésia, além do período de menor atividade em fevereiro, devido ao Ano Novo Chinês, disse o executivo.

Mas o entendimento do setor é de que a demanda não caiu. “Vamos ter que esperar a volta do Ano Novo chinês para ver como está o equilíbrio de oferta e demanda. Acreditamos que a demanda continua forte, o mundo vai continuar precisando de 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas de capacidade nova a cada um ano, um ano e meio”, disse.

Fonte – Painel Florestal

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Informações e inscrições pelo www.pecca.ufpr.br

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