UFPR está entre as instituições que mais produzem ciência sobre grafeno no Brasil; veja como o material é estudado

Um levantamento na base de citações Web of Science aponta que a UFPR é a 11ª instituição de pesquisa do Brasil que mais produziu trabalhos científicos sobre o grafeno — um material à base de carbono que tem levantado interesse nos últimos dez anos por possuir qualidades como leveza, resistência e condutibilidade. O dado considera trabalhos sobre o material que estão enumerados na série histórica da base, mantida pela companhia Clarivate Analytics, até o último dia 31 de julho. Todas públicas, as 11 universidades brasileiras que mais produzem sobre o grafeno responderam por 1,26% da produção científica mundial (na ordem: Unicamp, USP, UFMG, Uerj, UFC, Unesp, Ufscar, UFF, UFRJ, UFRGS e UFPR).

Na UFPR, as pesquisas sobre o grafeno mobilizam diversas áreas de conhecimento, especialmente a físico-química, as ciências de materiais e a química multidisciplinar (veja o gráfico abaixo). Segundo o Web of Science, os primeiros trabalhos foram publicados em 2011, um ano após a entrega do Nobel de Física aos dois cientistas de origem russa que isolaram o material. Até agora, o pico de publicações na universidade ocorreu em 2017, com 26 papers dos 103 já editados. Segundo o banco, os trabalhos acumulam 1.462 citações.

Grafeno é uma forma micro-organizada do carbono, com qualidades relevantes, como resistência, maleabilidade e condutibilidade. Imagem representa lâmina de grafeno. Crédito: AlexanderAlUS/Wikimedia Commons, 31/5/2011

 

Uma meta das pesquisas na UFPR está na produção do grafeno com qualidade e em grande escala, uma vez que o material é formado por uma única lâmina de átomos de carbono. O grafeno é o bloco construtor do grafite, que é encontrado na natureza — principalmente no Brasil, que possui a segunda maior reserva de grafite do mundo –, mas sua extração do grafite é bastante difícil.

Por conta disso, nos últimos anos, saíram do Grupo de Química de Materiais (GQM) da UFPR, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ), em Curitiba, trabalhos que permitiram sugerir à comunidade científica modos diferentes de produzir o grafeno com os critérios de escala e qualidade. A produção de grafeno pelos laboratórios do GQM já gera insumos para várias pesquisas na UFPR, que envolvem o desenvolvimento de baterias, células fotovoltaicas e processos para destruir pesticidas e armas químicas.

“O desafio é criar grafeno de forma barata, em condições brandas e sem grandes equipamentos, mas com a qualidade que mantenha as principais características dele. É um material com qualidades fantásticas, que têm sido estudadas na UFPR em várias frentes”, conta o professor e pesquisador Aldo J. G. Zarbin, que coordena o grupo de pesquisa. Ele aparece no Web of Science entre os cinco principais autores de trabalhos sobre o grafeno no Brasil no período mencionado.

Criação

Os estudos no GQM já viabilizaram o desenvolvimento de duas formas de gerar grafeno, com metodologias totalmente diferentes. O primeiro trabalho foi publicado em 2013, com a defesa de doutorado no PPQG do pesquisador Sérgio Humberto Domingues, que já havia concluído o mestrado no programa. A tese traz um novo caminho para a produção do grafeno, chamada de “rota mecanoquímica”, que combina processos físicos e químicos para produção do nanomaterial — o método prevê esfoliação direta do grafite (composto de carbono) em meio líquido. Outra metodologia, também desenvolvida na mesma tese de doutorado, foi através de um processo  de oxidação do grafite para em seguida produzir o óxido de grafeno reduzido, uma estrutura análoga ao grafeno.

“O grande apelo em relação a esse método de síntese ficou centrada na facilidade, reprodutibilidade e também por ser uma metodologia baseada em processos químicos que permitiam produção do material em grande escala”, explica Domingues, hoje professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, onde coordena o grupo de pesquisa no Centro de Pesquisa Avançada em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia (MackGraphe). O doutorado na UFPR marcou o primeiro contato do pesquisador com o grafeno, sob a orientação de Zarbin, e a tese recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese de 2014.

Na contramão da primeira metodologia para produzir grafeno criada no GQM — que partia de um material  macro, o grafite, para chegar ao nanomaterial –, outra tese apresentada em 2018 descreve rota de produção através de síntese química. Mesmo em condições brandas (temperatura e pressão ambientes), a pesquisadora Laís Cristine Lopes mostrou como obter o grafeno por meio da agregação de moléculas simples. O artigo que descreve esse caminho foi publicado com destaque no periódico Chemical Science, da Royal Society of Chemistry, em agosto de 2018.

Por meio do aprimoramento da síntese, os pesquisadores da UFPR conseguiram obter a mair folha de grafeno produzida por processo químico já relatada, como reportado pela Royal Society of Chemistry. “Em vez de cortar o pão para obter uma fatia, que seria o grafeno, na síntese química se atua para juntar as migalhas do pão. A dificuldade é saber como organizar essas migalhas”, explica Zarbin.

Segundo Laís, um dos desafios do processo de desenvolvimento da metodologia foi a remoção de um remanescentes da síntese, o óxido de ferro. A dificuldade, porém, se mostrou producente porque permitiu que as amostras contribuíssem em outras investigações. “A presença desse subproduto, que tem espécies de ferro, no material final, possibilitou a aplicação das amostras como material para baterias aquosas e em dispositivo eletrocrômico”, conta Laís. A pesquisadora atualmente faz pós-doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp) com enfoque voltado à aplicação do grafeno.

Um degrau que possibilitou a construção dos dois trabalhos começou anos antes no GQM, com os estudos do pesquisador Rodrigo Villegas Salvatierra, que concluiu mestrado e doutorado na UFPR  entre 2008 e 2014, sob orientação de Zarbin. No PPGQ, ele teve os primeiros contatos com nanomateriais e iniciou as pesquisas que levaram, mais à frente, à adaptação tanto do do método mecano-químico quanto o da síntese química  para a produção de grafeno. A tese de doutorado do Rodrigo Salvatierra foi a vencedora do Prêmio Capes de Tese de 2015, como a melhor tese de doutorado em química produzida no Brasil naquele ano.

Ambos os métodos partiram de constatações colaterais das pesquisas de Salvatierra para obtenção de dispositivos fotovoltaicos (que convertem energia solar em elétrica). Atualmente, o pesquisador investiga baterias de alta performance na Universidade Rice (EUA). “Certamente, minha experiência no doutorado e mestrado com grafeno e nanotubos de carbono contribui significativamente para esta e outras descobertas durante meu trabalho de pesquisa”.

Matemática

Produzir grafeno não é a única questão que envolve esse nanomaterial — é preciso também saber como usá-lo. Outra vertente de investigação do grafeno na UFPR abrange o uso de cálculos matemáticos para simulação das formas de aplicação do grafeno. “Por meio de testes teóricos é possível saber se o grafeno serviria para substituir certos tipos de metal ou poderia compor determinados dispositivos”, afirma o professor e pesquisador José Eduardo Padilha de Sousa, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia do Setor Palotina da UFPR. Padilha desenvolve estudos na área desde 2015 na universidade.

Por meio da ciência básica, já foi possível desenvolver, por exemplo, a ideia de aplicação de grafeno como material semicondutor em transístores (dispositivo que conecta um circuito elétrico, comum portanto em eletrônicos). Na UFPR, o pesquisador tem se dedicado a entender, por meio das simulações, como as camadas de grafeno são capazes de realizar contatos metálicos dentro de novos dispositivos e como as barreiras de contato são formadas nesses sistemas. “A teoria permite combinar materiais para compor dispositivos. É a melhor forma de testar esses arranjos sem ser por tentativa e erro dentro de um laboratório, ou seja, sem jogar dinheiro fora”.

O professor avalia que talvez o principal benefício da descoberta do grafeno tenha sido o desenvolvimento do campo de pesquisa de materiais bidimensionais, isto é, da ampla família da qual o grafeno faz parte. “Dentro dessa nova área, existem uma infinidade de novos materiais bidimensionais, que podem ser utilizados em diversas aplicações, indo desde a optoeletrônica até a nanoeletrônica. Nisso entram os dicalcogenetos  de metais de transição, o fosforeno, o borofeno e outros, todos materiais disponíveis com muitas potencialidades de aplicação”.

Confira a matéria completa: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/ufpr-esta-entre-as-instituicoes-que-mais-produzem-ciencia-sobre-grafeno-no-brasil-veja-como-o-material-e-estudado/

Fonte

UFPR oferece programa sustentável para o controle de carrapato em bovinos

Animais em tratamento (foto M. Molento)

 

A Universidade Federal do Paraná, através do professor Marcelo Beltrão Molento, do Departamento de Medicina Veterinária, criou o SICOPA – Sistema Integrado de Controle Parasitário, com o amplo objetivo de melhorar a saúde dos animais, quando o assunto é parasitologia, apoiado em uma série de metodologias diferenciadas e sustentáveis. O SICOPA tem 22 ferramentas que podem ser adaptadas de acordo com a necessidade e utilizadas por veterinários/as que atuam em fazendas no Brasil.

Somente no Paraná, são aproximadamente 10 milhões de bovinos (no Brasil são mais de 210 milhões) que sofrem com a incidência de carrapato durante o ano todo. Segundo o prof. Molento, o carrapato ‘Rhipicephalus microplus’ é um dos principais parasitos de bovinos no Brasil, causando um prejuízo aproximado de R$ 10 bilhões/ano. Este prejuízo se inicia com o sofrimento dos animais e envolve todos os outros elos dessa atividade. Associado a isso, o custo com o tratamento de doenças transmitidas pelo carrapato (Babesiose e Anaplasmose) pode chegar a outros R$ 20 bilhões/ano.

O clima propício e a falta de conhecimento epidemiológico fazem com que o controle deste parasito seja realizado de forma excessiva e sem muitos critérios técnicos.  A nova proposta é que o produtor não utilize tantos produtos químicos, cuidando da saúde dos animais e também para que a carne, leite e outros produtos derivados sejam menos contaminados. É importante informar que toda esta grande quantidade de produtos químicos pode afetar diretamente organismos vivos no ambiente, uma vez que são eliminados pela urina, fezes e até mesmo no leite – podendo parar na cadeia alimentar.

Uma novidade do SICOPA é o lançamento do Programa de Controle Seletivo do Carrapato Bovino. Usando a metodologia do tratamento seletivo, o tratamento contra o carrapato está sendo aplicado apenas nos animais mais contaminados, chamados de susceptíveis e não no rebanho todo, como era feito rotineiramente nas fazendas. O prof. Molento, do Departamento de Medicina Veterinária da UFPR, e que coordena o programa, explica que foram aprofundadas técnicas de controle seletivo especificamente para o carrapato dos bovinos, uma vez que temos conhecimento suficiente para apoiar os técnicos e beneficiar muito os animais. “Nosso maior impacto será na conscientização de técnicos e agentes de campo, com o uso de estratégias inovadoras, buscando um mundo mais crítico, complexo e sustentável. A visão integrada da pesquisa, extensão e ensino, é a base para estes desafios”.

Entre outras características, e para se chegar ao melhor monitoramento e eficiência do programa, o uso do tratamento seletivo requer mais empenho do médico veterinário/a, sendo fundamental que exista a contagem dos parasitos em todos os animais, para que assim se possa melhor identificar os indivíduos parasitados (susceptíveis). Ocorre que 60 a 70% dos animais não excede a contagem mínima e não serão tratados (manipulados, contidos, injetados). Os animais que recebem a menor quantidade de tratamentos são também os animais que permanecem no rebanho com mais facilidade e saúde. Os ganhos são muitos e nossos dados econômicos apontam para benefícios atraentes, mesmo sem computar a menor degradação ambiental, menor estresse animal e a manipulação desnecessária de animais saudáveis.

Para multiplicar o programa, estão sendo ofertados cursos de capacitação para técnicos e produtores, abrangendo a biologia do carrapato, a relação de co-evolução entre bovinos e os parasitos e aulas práticas de avaliação seletiva do rebanho. Esses cursos têm duração de dois dias e são ministrados tanto na UFPR, como em instituições parceiras. O Prof. Marcelo confeccionou ainda uma cartilha ampla e explicativa sobre o Programa de Controle Seletivo do Carrapato Bovino e teve o apoio do Ministério da Agricultura e Abastecimento para uma edição online gratuita. Produtores do Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul já aderiram o uso desta ferramenta em rebanhos de vários tamanhos. Após o curso, técnicos e produtores continuam se comunicando com a equipe da UFPR para obter assessoria para tirar dúvidas.

“Acredito que temos uma função importante e é possível, através de ferramentas incluídas no SICOPA, originalmente criado em 2004, buscar soluções muito mais sustentáveis”, afirma o professor Marcelo. Entre essas técnicas estão: o tratamento seletivo, com exame clínico individual dos animais, a avaliação da eficácia dos produtos antiparasitários, e a integração lavoura, pecuária e floresta, em um sistema mais holístico de cuidado com os animais. O SICOPA se adequa em propostas de agricultura sinantrópica, de baixo impacto e agroecológica, uma vez que busca a redução significativa de dejetos químicos nos animais e no ambiente. O professor aponta ainda que o SICOPA atende produtores que queiram fazer a transição da pecuária tradicional/intensiva para a agroecológica, com grande apoio científico. “Realizamos testes in vitro e moleculares para assegurar alguns pontos críticos”, diz ele.

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/ufpr-oferece-programa-sustentavel-para-o-controle-do-carrapato-em-bovinos/

Pesquisadores da UFPR publicam na Scientific Reports/Nature pesquisa que investiga ação benéfica de bactéria no arroz

Uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná publicou na Scientific Reports, do grupo Nature Research, resultados de uma pesquisa que estuda como a bactéria Herbaspirillum seropedicae influencia positivamene o crescimento do arroz. O grupo descobriu que o organismo modula a defesa da planta sem causar a inibição do seu crescimento. A bactéria é bastante conhecida e estudada na universidade por conta da sua capacidade de colonizar plantas e melhorar a produtividade. Além disso, é uma alternativa ao uso de fertilizantes nitrogenados.

Pesquisa tem efeitos no campo, na produção de arroz. Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

 

Os trabalhos sobre a Herbaspirillum seropedicae começaram a ser realizados na UFPR em 1985, por iniciativa do professor Fabio Pedrosa. Em 2010, seu sequenciamento genômico foi publicado, gerando um banco de dados utilizado no mundo todo. Segundo o professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Emanuel Maltempi de Souza, os trabalhos auxiliam na produtividade do campo. “As bactérias semelhantes a do trabalho já são usadas no Brasil inteiro, em 5 milhões de hectares. Estima-se que na próxima safra estejam em 10 milhões”, destaca.

Souza, que é um dos autores do artigo, explica que a equipe já sabia que a bactéria agia no desenvolvimento da planta, mas precisava entender a ação em nível molecular. Os cientistas descobriram que, em contato com a bactéria, a expressão de genes de defesa muda. “Descobrimos que a bactéria modula os genes de imunidade vegetal alterando seu funcionamento”, diz. Essa modulação ocorre sem inibir o crescimento e, ao contrário, estimula o crescimento vegetal.

A revista Scientific Reports faz parte da Springer Nature Publishing, uma das mais prestigiadas do mundo. O conteúdo da publicação envolve pesquisas primárias cientificamente válidas, de áreas das ciências biológicas e agricultura. Catorze pesquisadores, da UFPR e de outras instituições nacionais e internacionais, assinam o trabalho.

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/pesquisadores-da-ufpr-publicam-na-scientific-reports-nature-pesquisa-que-investiga-acao-benefica-de-bacteria-no-arroz/

Turquia terá feriado dedicado ao plantio de árvores após tuíte de jovem viralizar

O jovem Enes Sahin postou um tuíte direcionado ao governo da Turquia em que pedia um “Dia Nacional do Plantio de Árvores”. A publicação foi compartilhada mais de 120 mil vezes, chegando ao chefe de gabinete do presidente turco e ao próprio presidente, Recep Tayyip Erdoğan.

“Devemos dar um exemplo ao mundo”, tuitou Şahin, “e entregar um país verde às próximas gerações”.

O chefe de gabinete do Poder Executivo da Turquia afirmou em resposta que “trabalharia para implementar um feriado nacional do plantio de árvores com o apoio do presidente”.

Muitos países já têm um dia nacional dedicado ao plantio de árvores. Segundo o site da Fundação The Arbor Day, 34 nações já proclamaram um feriado do “Dia da Árvore”, na melhor época de plantio do ano, de cada país.

Nações desenvolvidas como a Austrália e a Nova Zelândia, subdesenvolvidas como o Irã e o Quênia, e até ditaduras totalitárias, como a Coreia do Norte, implementaram a data, cada uma à sua maneira.

Após Rumeysa Kadak, o chefe de gabinete, responder o tuíte de Sahin, o próprio presidente turco mandou uma mensagem.

“Essa é uma ótima ideia, Enes. Nós sempre trabalhamos para uma Turquia mais verde e continuamos a fazê-lo. Meus amigos e eu vamos assumir toda a responsabilidade para garantir que tenhamos um dia nacional de plantio de árvores”, disse o presidente Erdoğan, segundo o Daily Sabah News.

 

Fonte: https://razoesparaacreditar.com/meio-ambiente/turquia-feriado-plantio-arvores/

Ex-bolsista de Ciências Biológicas da UFPR ganha prêmio de sociedade científica internacional

De pesquisadora na graduação à uma cientista prestigiada internacionalmente. A trajetória de Jessica Gillung, ex-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na Universidade Federal do Paraná (UFPR), é marcada por aquilo que o seu primeiro orientador, Claudio José Barros de Carvalho, do Departamento de Zoologia, chama de “brilho nos olhos” pela pesquisa.

Jessica, formada em Ciências Biológicas na UFPR, onde deu seus primeiros passos como cientista, irá receber no próximo dia 21 de agosto, em Londres, o Prêmio Marsh, da Royal Entomological Society, concedido para jovens reconhecidos pelo impacto dos seus estudos em entomologia, a ciência que estuda os insetos. Hoje fazendo pós-doutorado na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, ela assegura que sua trajetória teria sido diferente se não tivesse passado pela iniciação científica na universidade. “Foi uma experiência fundamental”, comenta.

Formada em Ciências Biológicas na UFPR, onde deu seus primeiros passos como cientista, Jessica Gillung receberá em agosto o Prêmio Marsh, da Royal Entomological Society, em Londres. Foto: Kathy Keatley Garvey/Reprodução

 

A pesquisadora optou pela trajetória científica ainda no início da faculdade de Biologia. Foi na disciplina de Biogeografia, que estuda a distribuição dos organismos na terra, que começou a se interessar pela carreira acadêmica. “Ela me procurou querendo fazer um estágio porque havia gostado da disciplina”, lembra Carvalho. A partir daí, tornou-se cientista no Laboratório de Biodiversidade e Biogeografia de Diptera.

O trabalho em conjunto, que começou nos corredores da UFPR, rendeu outras recordações, como das primeiras reuniões e da publicação sobre o grupo de moscas silvestres Acroceridae. Para Jéssica, as memórias profissionais misturam-se às afetivas. “Professor Claudio me recomendava artigos científicos para leitura, e após uma ou duas semanas nós dois nos reuníamos para discutir os artigos e para responder todas as minhas dúvidas e perguntas com relação ao conteúdo. Nunca ninguém tinha feito isso por mim, e eu me senti extremamente valorizada”, conta.

Para Carvalho, que ela considera “um exemplo a ser seguido”, acompanhar os passos de Jessica significa assegurar a importância da iniciação científica. “Eu converso muito com os alunos sobre o futuro, e ela sempre teve essa visão ampla, de ir atrás do conhecimento”, afirma. Foi dele a sugestão para que eles investigassem o grupo Acroceridae, até então desconhecido.

Na foto maior, exemplar do grupo de moscas que Jessica estuda, a Acroceridae; nas menores, com a turma de graduação (primeira da esq. para a dir. na primeira fila) e o professor Claudio de Carvalho (o terceiro da última fileira); e Jessica lidando com o puçá, um instrumento usado por entomologistas para capturar insetos. Fotos: Acervo Pessoal/Jessica Gillung e Claudio de Carvalho

 

As moscas silvestres Acroceridae são polinizadoras e inimigas naturais da aranha. “Eu passei dois anos pesquisando tudo o que era conhecido sobre o grupo, e professor Claudio e eu produzimos uma chave de identificação ilustrada para os gêneros do Brasil”, conta.

Jessica explica que a chave de identificação é um recurso muito importante para a comunidade, especialmente se for bem ilustrada e comparativa. Este trabalho permite que se reconheça e se identifique de plantas a animais, passo essencial para estudos de ecologia, genética, evolução e inventariamento de fauna.

A pesquisa rendeu um artigo — “Acroceridae (Diptera): a pictorial key and diagnosis of the Brazilian genera” –, publicado em 2009, até hoje um dos mais populares assinados por ela. “Mais ou menos uma vez por mês eu recebo um email com um pedido para envio do artigo, não só de pesquisadores e entomologistas do Brasil, mas também do Chile, Argentina, Bolívia, Peru e México, porque muitos dos gêneros que ocorrem no Brasil também ocorrem nestes países”,  diz. O trabalho foi fundamental para a consolidação da trajetória de Jéssica, já que o editor da revista que o publicou foi seu orientador no doutorado, nos Estados Unidos.

O trabalho minucioso realizado por Jessica tem impactos diretos na sociedade, como no inventariamento de fauna necessário para a construção de barragens e preservação. Ela descobriu pelo menos 25 espécies novas, coletadas em viagens e visita a museus, mas a determinação e o prazer pela ciência foram moldados pela experiência que começou na graduação. “Sem essa oportunidade, eu não sei o que eu teria feito profissionalmente, mas eu sei que teria sido menos feliz e realizada do que sou agora”.

Por Amanda Miranda (Sucom-UFPR)

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/ex-bolsista-da-ufpr-ganha-premio-de-sociedade-cientifica-internacional/

 

Trabalho de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura é primeiro colocado da categoria no Prêmio CREA-PR

O trabalho intitulado “Smart Mobility: Solução de Geoinformação para Estudos em Mobilidade Urbana” foi o primeiro colocado na categoria Agrimensura do Prêmio CREA-PR Melhores Trabalhos de Conclusão de Curso Edição 2019. O documento, desenvolvido para o curso Engenharia Cartográfica e de Agrimensura da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem a autoria de Gabriele Silveira Câmara e a orientação da professora Silvana Philippi Camboim, do Departamento de Geomática.

O estudo trata da mobilidade urbana que tornou-se um dos principais problemas dos adensamentos populacionais brasileiros, desencadeado em sua maioria pelo processo de urbanização desordenada dos anos 50. O conceito das Smart Cities, ou cidades inteligentes, surge como uma alternativa para mitigação de tais problemas, fazendo uso da tecnologia para otimizar e gerir diversas áreas das cidades.

Dispositivos como aplicativos de smartphones e sistemas Internet das Coisas (IoT) podem ser utilizados para a coleta de dados acerca da mobilidade urbana e, aliados à visualização cartográfica, dão suporte ao planejamento urbano.

O objetivo do trabalho é a elaboração de uma solução de geoinformação para visualização dos dados coletados pelo aplicativo Smart Mobility e pelo dispositivo IoT B1K3 Lab, desenvolvido pelo projeto de extensão universitária Ciência para Todos da UFPR.

A partir do levantamento dos requisitos de usuários e da análise dos dados coletados pelos dispositivos, foi possível fazer a modelagem e a implementação do sistema, que inclui o banco de dados geográfico, o projeto cartográfico dos mapas e a interface gráfica da solução.

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/trabalho-de-engenharia-cartografica-e-de-agrimensura-e-primeiro-colocado-da-categoria-no-premio-crea-pr/

Qual a temperatura ideal da água para consumo de bovinos?

O corpo do gado adulto apresenta de 55 a 70% de água, percentual que aumenta nos animais jovens (80 a 85%) no animal jovem, e fica ainda maior nos recém-nascidos (90%)

Os animais podem perder até 100% de seu tecido adiposo e mais de 50% de sua proteína corporal que podem sobreviver, mas, perdendo de 10 a 12% de sua água corporal, eles morrem. Por isso, o fornecimento de água é essencial para o sucesso da produção.

Este tema, além de muitos outros de bovinocultura de leite ecorte estão disponíveis em formato de cursos online oferecidos no EducaPoint, plataforma de ensino à distância especializada em agronegócios do Agripoint.

A plataforma funciona em formato de venda de cursos únicos, além do formato da assinatura, no qual é possível realizar todos os mais de 140 cursos.

A água ingerida pelos bovinos tem a função de nutrição do tecido celular e compensar as perdas ocorridas pelo leite, fezes, urina, saliva, evaporação (suor e respiração) e também para manter a homeotermia, regulando a temperatura do corpo e dos órgãos internos.

O fornecimento de água fresca e nas melhores condições é essencial para a produção leiteira. A água deve ser limpa, fresca, possuir níveis baixos de sólidos e de alcalinidade e ser isenta de compostos tóxicos. Uma concentração de 2% de sal (NaCl) na água pode ser considerada tóxica para os bovinos. “Assim, uma fonte abundante de água limpa e de alta qualidade deve ser prioridade em uma propriedade rural”, destacam os especialistas do EducaPoint.

Consumo de água pelos bovinos

Em um clima temperado, a produção de um quilo de alimento implica no consumo de grande volume de água. Para a produção de leite, o consumo é de aproximadamente 10.000 litros de água/kg; e para carne, de 20.000 a 50.000 litros de água/kg. Esse volume total de água se baseia na necessidade para produção das pastagens e alimentos concentrados utilizados pelos bovinos, além da quantidade ingerida pelos animais. Em um clima tropical, esse consumo pode dobrar.

O consumo de água por vaca em lactação depende de vários fatores: estado fisiológico, produção de leite, peso corporal, raça e consumo de matéria seca. Composição da dieta, ambiente, clima e qualidade da água são outros fatores que influem no consumo. Durante os meses mais quentes, as vacas sofrem estresse pelo calor e elevação da umidade, aumentando o consumo de água, com elevação na excreção de urina e alterando a composição dos dejetos.

O hábito no consumo de água segue o de consumo de alimento: o pico de consumo coincide com o pico de consumo de matéria seca, mesmo quando o alimento é oferecido várias vezes por dia. Picos de consumo são também observados após as ordenhas, quando podem representar até 40 a 50% do consumo total diário. Normalmente, os animais preferem consumir água com temperatura entre 25 e 30oC, com tendência de diminuir o consumo quando sua temperatura está abaixo de 15oC.

Temperatura da água

Existe diferença na temperatura da água servida aos animais na taxa de consumo? Afinal, qual a temperatura ideal da água fornecida aos animais?

O rúmen do bovino tem uma temperatura de 37oC graus, aproximadamente. Por isso, se a água servida for muito fria causa um desconforto e uma redução do consumo dessa água de até 20%.

Nas regiões muito frias, como o Sul do país, o ideal é servir água morna. Já em estados muito quentes, como Norte e Nordeste, a água fria auxilia no esfriamento do organismo do animal, proporcionando bem-estar, pois ajuda a combater o estresse térmico.

Essa inversão de temperatura ambiente versus temperatura da água só traz vantagens para a produção. Contudo, em lugares que tem estações mais definidas como Sudeste, utilizar água morna no inverno e fria no verão é uma boa adequação.

Segundo um estudo que avaliou a temperatura da água oferecida aos bovinos que ficam acomodados nos pavilhões de exposição e curral de espera para leilão, durante a realização da Expojanaúba, no município de Janaúba, localizado na região do semiárido mineiro, normalmente os animais preferem consumir água com temperatura entre 25 e 30oC, com tendência de diminuir o consumo quando sua temperatura está abaixo de 15°C. O consumo voluntário de água é maior quando ela é fornecida aquecida, entre 30 e 33°C, do que não aquecida, entre 7 e 15°C.

Bezerros

Durante o período de aleitamento, as bezerras são geralmente alimentadas com quantidades restritas de leite ou sucedâneo (8 a 10% do PV ao nascer), de forma a se estimular o consumo de concentrado, permitindo assim o desaleitamento precoce, informa artigo de Carla Bittar para o MilkPoint.

Muitos trabalhos mostram o benefício do fornecimento de água a vontade desde as primeiras semanas de vida com relação ao consumo de concentrado e consequente maior desempenho. O fornecimento de água através de balde ou bebedouros providos de bicos não afeta a quantidade de água ingerida, mas a temperatura da água tem sido um ponto questionado.

Em regiões de inverno rigoroso, os bezerros muitas vezes recebem água fria porque a água potável é bombeada de poço e servida sem aquecimento. O efeito da temperatura da água na saúde e desempenho de bezerros tem sido pouco estudado, embora em algumas regiões até do Brasil já se tenha a recomendação de fornecimento de água morna. Sabe-se que em ambiente quente, resfriar a água oferecida para as vacas pode ser interessante, enquanto que para vacas de alta produção em ambiente frio, fornecer água morna pode ser vantajoso.

Um interessante estudo foi realizado com vacas leiteiras recebendo água com diferentes temperaturas (3, 10, 17 e 24ºC) com o objetivo de avaliar a ingestão de água, consumo de alimentos e produção de leite. O trabalho mostrou que o fornecimento de água a 3ºC resulta em redução na produção de leite, comparado com todos os outros tratamentos. Embora o consumo de água morna (30 a 33ºC) tenha sido superior ao observado com o fornecimento de água à temperatura ambiente em regiões frias (7 a 15ºC), este não resultou em aumentos na produção.

Por outro lado, poucas informações estão disponíveis sobre o efeito da temperatura da água oferecida para bezerros leiteiros. Deste modo, uma pesquisa foi realizada na Finlândia, um país de clima frio, com o objetivo de avaliar o efeito da temperatura da água fornecida na ingestão total de água, desempenho e saúde de bezerros leiteiros.

O trabalho foi realizado com 120 bezerros machos alojados em galpão fechado, com temperatura ambiente variando entre 11 a 20ºC no inverno e 15 a 23ºC no verão, algo próximo ao que observamos em algumas regiões do Brasil. Os animais tiveram livre acesso a água, concentrado inicial, silagem de capim e feno, e receberam sucedâneo lácteo por alimentador automático (7,5 L/d) durante os primeiros 75 dias de vida.

Após o desaleitamento os animais receberam silagem de capim e feno a vontade, além de concentrado inicial restrito a 3 kg/d. Os animais foram separados em dois grupos de acordo com a temperatura da água fornecida: 1) água aquecida (16 a 18ºC); e 2) água fria (6 a 8ºC). A temperatura da água fria está de relacionada à temperatura ambiente da água na Finlândia; enquanto a temperatura da água aquecida foi definida considerando-se os resultados de estudos que mostram que esta temperatura estimula a ingestão de água, aumentando consequentemente o ganho de peso dos animais.

Os resultados mostraram que durante a fase de aleitamento a ingestão de água por animais que receberam água aquecida foi 47% maior que a dos bezerros que receberam água fria. Como ilustrado na Figura 1, durante o aleitamento o consumo de água foi menor que 2 L/d, sendo a ingestão aumentada rapidamente em ambos os tratamentos após o desaleitamento. Nesta fase houve uma tendência para maior consumo de água por animais recebendo água morna.

Muito embora os animais recebendo água morna tenham apresentado maior ingestão de água, não houve diferença para as médias de consumo de concentrado inicial ou ganho de peso durante o período de aleitamento e pós-desaleitamento.

No entanto, 33% dos animais receberam pelo menos uma vez tratamento veterinário, sendo 16 bezerros do tratamento água fria e 23 bezerros do tratamento água aquecida. Mas, segundo os autores, a alta porcentagem de animais recebendo tratamento veterinário nesta pesquisa está relacionada com o reagrupamento de animais jovens e provenientes de diferentes fazendas.

Deste modo, foi concluído que o consumo de água por bezerros é maior quando a água é aquecida, comparado com a água oferecida fria durante o período de aleitamento, mas este aumento na ingestão de água não influencia nenhuma medida de consumo ou parâmetros de desempenho e saúde.

 

FONTE:https://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/educapoint

 

Uma mesa feita de papelão que se dobra e desmonta para você levar para qualquer lugar

Caso não saiba, ficar sentado o dia todo é ruim para você. Alguns especialistas comparam cadeiras com cigarros, hoje em dia, devido ao seu impacto na nossa saúde. Ficar em pé, por outro lado, ajuda na circulação do sangue e trás um impacto positivo na saúde. É por causa disso que as standing desks, ou mesas em pé, estão se tornando uma tendência.

Mas o que é uma standing desk? É uma mesa que foi feita para você escrever ou ler, enfim, para você trabalhar, mas em pé. Há certamente muitas opções hoje em dia, de mesas portáteis baratas que ficam sobre as mesas convencionais, há também mesas hiper-ajustáveis que deslizam para cima e para baixo. Elas podem custar de 40 à milhares de dólares.

Porém neste mercado lotado aparece uma idéia inovadora, a Refold, ou Redobrar em português, uma forte e resistente standing desk de papelão que dobra e desmonta para facilitar o transporte.

 

Fonte: https://razoesparaacreditar.com/design/uma-mesa-feita-de-papelao-que-se-dobra-e-desmonta-para-voce-levar-para-qualquer-lugar/

Conheça o Mobiliário Sustentável feito de brinquedos usados para crianças

 

Boa parte dos móveis que você tem em casa são de madeira – seja maciça, seja de MDP ou MDF, estruturas formadas por partículas prensadas de madeira.

Como podemos observar em praticamente tudo à nossa volta, o uso da madeira como matéria-prima é muito importante para o desenvolvimento da infraestrutura, e consequentemente, para o nosso cotidiano como um todo.

É importante nos preocuparmos com a sua preservação e uma boa alternativa para fazer valer tal intenção é optar por um mobiliário sustentável em casa ou no ambiente de trabalho.

Aos poucos as empresas de móveis adaptam-se e buscam práticas econômicas e ambientais mais corretas, haja visto a necessidade de oferecer produtos sustentáveis para uma demanda cada vez maior. Atualmente é possível encontrar no mercado diversas opções de materiais assim, que não perdem sua beleza ou funcionalidade apenas por ser sustentável.

Para que o produto seja considerado sustentável, ele não pode vir de um corte de madeira exploratório, mas a partir de áreas de reflorestamento. Ademais, é preciso utilizar certas tecnologias para o aproveitamento da matéria-prima, como já é feito com o uso e fabricação de MDF e MDP.

Ecobirdy

Um projeto muito interessante realizado pela empresa Ecobirdy, empresa especializada na reciclagem de brinquedos infantis descartados vêm conquistando clientes país afora com a proposta de evitar o plástico na cadeia de produção dos seus brinquedos e privilegiar madeira reflorestada e reciclada na confecção dos produtos.

A Ecobirdy sabe que dificilmente conseguiremos retirar o plástico da cadeia industrial a curto prazo, tendo em mente que o componente é vital na fabricação de milhões de produtos diariamente, mas dando o exemplo, visa inspirar outras empresas a fazerem o mesmo.

A coleção atual da empresa contém mesas, cadeiras, lamparinas e guarda-volumes, todos feitos com tons e formas minimalistas e suaves, nas mais diversas cores e tamanhos, conforme a sua matriz original.

 

Fonte: https://razoesparaacreditar.com/negocios/mobiliario-sustentavel-brinquedos/

Adeus ao canudo de plástico: conheça o canudo comestível com sabor de fruta

Três alunos da faculdade de Química da ETEC Amim Jundi, em Osvaldo Cruz, no interior paulista, desenvolveram um canudo que além de biodegradável, é também comestível, com sabor de fruta.

A invenção faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso dos estudantes e é fruto de seis meses de pesquisas e observações.

Alex Vidotto, Aline Molena e Ariane Guerra produziram um polissacarídeo (substância semelhante ao açúcar) a partir de bagaços e cascas de frutas como abacaxi, morango, uva, manga e maracujá.

O resultado é surpreendente: o canudo é flexível e possui o sabor e a cor característica da fruta utilizada para produzi-lo. Não são utilizados aromatizantes durante o processo e o produto final mantém as propriedades naturais das frutas.

 

Durante testes para garantir as características biodegradáveis e a solubilidade do canudo comestível, os estudantes o submeteram à água do mar.

Alex, Aline e Ariane afirmam que a invenção tem como objetivo “ajudar a diminuir o consumo de plástico no nosso país”. De acordo com um estudo publicado pelo Banco Mundial, o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.

 

Fonte: https://razoesparaacreditar.com/sustentabilidade/canudo-comestivel-sabor-fruta/

5 Principais Tecnologias Para o Agronegócio até 2020

Ninguém duvida da importância do agronegócio para a economia brasileira. Esses ganhos de produção e produtividade podem ser ainda melhores com o uso de tecnologias emergentes que podem ser incorporadas desde pequenas até grandes propriedades.

Um relatório publicado pelo Policy Horizons Canada em 2014, “Foresight Study Exploring How Emerging Technologies Will Shape the Economy and Society and the Challenges and Opportunities They Will Create” já previa 5 áreas tecnológicas vitais para o sucesso do agronegócio e um salto exponencial no tamanho do mercado. Conhecido como METASCAN, o relatório previa que as tecnologias emergentes seriam “mainstream” em 2018 e financeiramente viáveis em 2019.

Emet Cole, editor da Robotic Business Review, menciona o WinterGreen Research para dizer que “os robôs agrícolas e a robótica estarão se tornando tão onipresentes quanto a tecnologia da informática nos próximos 15 anos” e que essas 5 principais tecnologias farão a grande revolução no setor.

AGRIBOTS
Os motores principais na revolução agrícola são robôs. Por causa das demandas de aumento da produtividade ou da falta de mão-de-obra suficiente ou por garantir uma condição mais fácil de tocar o negócio. Os robôs serão conectados digitalmente, comunicando-se com drones, além de receber comandos de satélites, sensores terrestres ou de centros de dados de farmhouses, tabletes ou smartphones.

Os tratores e pulverizadores automatizados podem aplicar água, sementes, pesticidas e nutrientes de forma mais específica e oportuna. Esta precisão poderia ser melhorada através de pesticidas e inseticidas com base em nano-materiais e em liberação lenta.

AGRICULTURA DE PRECISÃO COM GEOLOCALIZAÇÃO
Gerenciamento da agricultura com base na observação (e na resposta a) variações no campo. Com imagens de satélite e sensores avançados, os agricultores podem otimizar os retornos dos insumos, preservando os recursos em escalas cada vez maiores. Uma maior compreensão da variabilidade das culturas, dados meteorológicos geolocalizados e sensores precisos devem permitir técnicas automatizadas de tomada de decisão e técnicas de plantio complementares aprimoradas.

SENSORES DE PRODUÇÃO TERRESTRES E AÉREOS
As informações usadas para monitorar e regular mercados poderão ser aprimoradas através de chips implantados, sensores e bioinformática. A produção de alimentos fica mais organizada e os mercados, consumidores e governos terão dados muito mais detalhados da origem, produção e da geração dos subprodutos destes alimentos. A fertilização em campo será otimizada com sensores de colheita de alta resolução informando o equipamento de aplicação das quantidades corretas necessárias. Sensores ópticos ou drones identificarão a saúde da cultura em todo o campo (por exemplo, usando luz infravermelha).

BIOCOMBUSTÍVEIS AGRÍCOLAS
Em 2028, a biologia sintética terá o potencial de produzir diferentes tipos de alimentos, incluindo carne e bebidas a custos mais baixos do que hoje. Ao manipular genes, novos alimentos podem ser criados com novas propriedades ou sabores. Espera-se que a indústria de biocombustíveis se beneficie desta tecnologia, com a criação de biorreatores que podem ser implantados em qualquer lugar.

TECNOLOGIA LED DE CULTIVOS EM ESTUFAS
Agricultores especializados na produção em estufas poderão se beneficiar de tecnologias à base de luzes de crescimento LED, adaptadas às suas culturas específicas. Este modelo de cultivo inovador permite colher 20-25 vezes por ano, combinando nutrição balanceada das plantas usando 85% menos energia. As respostas das plantas a determinados comprimentos de onda de luz tornam a produção mais eficiente.

 

FONTE: http://www.fit-tecnologia.org.br/5-principais-tecnologias-para-o-agronegocio-ate-2020/

Embalagem de ovos pode ser plantada após uso

Uma pesquisa do Ibope, divulgada em junho de 2018, revelou que quatro em cada 10 brasileiros não separam o lixo orgânico do reciclável. Mas o índice mais desesperador está na gestão: somente 3% de todo o lixo produzido no Brasil é reciclado. Diante destes fatos, além de cobrar melhorias dos munícipios, é preciso reduzir a geração de resíduos e optar, sempre que possível, pela compra de materiais menos impactantes ambientalmente. Neste sentido, o designer grego George Bosnas propõe uma embalagem plantável para embalar os ovos.

Batizada de Biopack, a caixa de ovos tem o formato mais arredondado do que as embalagens comuns. Ela é feita com pasta de papel, farinha, amido e sementes de leguminosas. Após usar os ovos, o consumidor rega (ou pode plantar em um vaso) e, em cerca de 30 dias, as primeiras sementes são germinadas. Zero complicações. O interessante é que, apesar de não ser uma novidade, ainda não se vê o uso industrial de papel semente em grande escala.

Foto: George Bosnas

A escolha por sementes de leguminosas é fruto de sua pesquisa onde o designer descobriu que o cultivo de leguminosas aumenta a fertilidade do solo devido à sua capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico através do nódulo da raiz.

Trata-se de uma solução simples. Tão simples que até pode fazer alguém se perguntar: por que ninguém pensou nisso antes? Não é à toa que ele se concentra em resolver problemas cotidianos com um toque estético. Pelo desenvolvimento do produto, George venceu um concurso de design circular.

 

Fonte: https://ciclovivo.com.br/arq-urb/design/embalagem-de-ovos-plantada-uso/

Estudante da UFPR desenvolve aplicativo para facilitar prática da reciclagem

Um aplicativo para facilitar a prática da reciclagem dentro do cenário urbano residencial. A ferramenta é fruto do projeto de conclusão de curso do graduando de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura da UFPR, Breno Corrêa Bueno. O app já está disponível para download.

O aplicativo Reciclo permite que os usuários busquem pontos adequados para o descarte de resíduos recicláveis e que agreguem novos locais – disponibilizados instantaneamente para toda a rede. O estudante de 24 anos desenvolveu duas versões integradas: uma em português e outra em espanhol. “Qualquer pessoa, seja um brasileiro ou um mexicano, por exemplo, terá acesso aos pontos de todos os países da América Latina – minha área de estudo”, explica.

O futuro engenheiro, cartógrafo e agrimensor criou uma página no Facebook para promover a educação ambiental na América Latina por meio do compartilhamento de informações e de uma série de mapas que produz – o material permite a espacialização de dados, com o objetivo de abordar a temática de maneira mais concreta e com melhor visualização.

Em 2017, durante intercâmbio no Chile pela AUGM-UFPR, Breno cursou disciplinas de Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas e Publicidade e Propaganda e optou por mudar de curso. Os novos caminhos o levaram a esboçar o projeto que, após algumas modificações, transformou-se no Reciclo.

O aluno da UFPR desenvolve a pesquisa na Universidade Nacional Autónoma do México (Unam) desde dezembro de 2018. Em junho de 2019, retornará ao Brasil para defesa do projeto. “Enviei um escopo do meu projeto para algumas universidades e optei pela Unam. Estou aqui para aprimorar meus conhecimentos para propor uma solução mais sistêmica para a problemática que trabalho”.

Breno destaca o potencial do aplicativo para atingir os objetivos listados no documento da Organização das Nações Unidas (ONU) “Transformando o nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. “Sabemos que a sociedade deve ser tratada como ator central da problemática ambiental do planeta. Mas, por que não tratá-la como ator central da solução dessa problemática? E é isso que proponho e almejo alcançar. Mostrar que é possível mudar o futuro do planeta, e que uma das soluções está na palma de nossas mãos”, argumenta.

O aplicativo está disponível para download na Play Store e, em breve, estará também na App Store, garante Breno.

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/estudante-da-ufpr-desenvolve-aplicativo-para-facilitar-pratica-da-reciclagem/

Pesquisadores estudam gerar eletricidade a partir da palha da cana-de-açúcar

Com grande potencial para geração de energia, a palha da cana-de-açúcar infelizmente é mal aproveitada: a destinação mais comum tem sido o descarte no campo de colheita ou a queima.

Visando melhorar o aproveitamento desse potencial, quase todo perdido, cientistas do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas estão desenvolvendo maneiras de dominar a emissão de compostos clorados durante a combustão, gaseificação e pirólise da palha de cana-de-açúcar.

A palha da cana tem conteúdo energético similar ao do bagaço, mas apresenta um teor de cloro entre 0,1% e 0,7%, bem maior do os 0,02% do bagaço.

Um volume maior de cloro propicia a formação do ácido clorídrico (HCl), por exemplo, que tende a corroer as tubulações de vapor que canalizam a combustão. Esse teor elevado pode propiciar a formação do ácido clorídrico (HCl) e corroer as tubulações de vapor utilizadas durante a combustão.

“Além disso, a combustão também pode gerar a emissão de poluentes atmosféricos como gases ácidos, dioxinas e furanos”, explica Ademar Hakuo Ushima, cientista e pesquisador do Laboratório de Engenharia Térmica do IPT.

De modo a iniciar uma nova fase da pesquisa neste ano, o IPT construiu dois equipamentos em escala laboratorial que avaliam o rendimento energético e também o nível de emissão de poluentes gerado nos processos de pirólise (transformação por aquecimento de uma mistura ou de um composto orgânico em outras substâncias), gaseificação e combustão de resíduos agrícolas.

Por meio desses equipamentos e dominando os mecanismos de formação de produtos clorados no reaproveitamento da palha de cana, os pesquisadores acreditam que encontrar uma solução para o problema da corrosão de reatores e tubulações seja uma questão de tempo. “O objetivo é dar suporte técnico ao setor sucro-alcooleiro do estado e desenvolver novas tecnologias para o aproveitamento energético de resíduos”, finaliza o pesquisador.

 

FONTE: https://razoesparaacreditar.com/sustentabilidade/cientistas-energia-palha-cana/

Estudantes da UFPR conquistam prêmio nacional de inovação

A NextCam – startup criada por estudantes da Universidade Federal do Paraná – venceu o Prêmio ENGIE Brasil de Inovação 2019. A premiação busca soluções inovadoras de empresas, startups e empreendedores. A 5ª edição da competição aborda o tema Saúde e Segurança no Trabalho.

Formada pelos estudantes do curso de Engenharia Elétrica, Adriano Peniche dos Santos e Guilherme Cordeiro Vogt, e pelo egresso Luis Guilherme Dias de Souza, a NextCam utiliza a visão computacional para a redução do risco de acidentes na indústria.

 

“Recebemos a notícia no início dessa semana e ficamos surpresos porque o edital não se limitava a estudantes, exitem players muito grandes nesse mercado”, conta Guilherme Vogt. “A aprovação reforça nosso esforço e representa, além do amadurecimento da equipe, um passo importante para a consolidação da startup”.

A equipe da UFPR receberá o prêmio no dia seis de junho, durante o ENGIE Brasil Innovation Day 2019, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. Como parte da premiação, os estudantes também participarão de um evento mundial de inovação, o ENGIE Innovation Week, em Paris, entre os dias 17 e 21 de junho.

O grupo desenvolveu uma tecnologia dotada de inteligência artificial, capaz de identificar riscos e realizar ações preventivas em cada etapa, a partir do uso de câmeras inteligentes. O software detecta situações de risco em tempo real e ainda gera relatórios que podem subsidiar a elaboração de medidas preventivas voltadas para a segurança do trabalho.

“A Engie é uma das maiores companhias de energia do mundo e iremos participar de um encontro com os diferentes projetos de inovação de outras sedes da empresa, de diversos outros países. Somos gratos ao professor James Baraniuk pela mentoria e à UFPR pela formação”, destaca Vogt.

Em abril desse ano, os estudantes foram a Boston, Estados Unidos, para a fase final da competição HackBrazil, organizada por alunos brasileiros da Universidade de Harvard e do MIT (Instituo de Tecnologia de Massachussetts).

 

FONTE :https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/estudantes-da-ufpr-conquistam-premio-nacional-de-inovacao/