DESAFIOS E SOLUÇÕES DA POLUIÇÃO PLÁSTICA

Solo cheio de garrafas plásticas. Foto frimufilms

A poluição plástica tornou-se uma das maiores ameaças ambientais que enfrentamos atualmente. O maciço de resíduos plásticos em todo o mundo vem causando danos aos ecossistemas terrestres e marinhos, colocando em risco a saúde humana e comprometendo a sustentabilidade do nosso planeta.

O IMPACTO DA POLUIÇÃO PLÁSTICA

O relatório “Beat Plastic Pollution: PRACTICAL GUIDE” destaca as consequências negativas da poluição plástica nos ecossistemas, economia e sociedade. Os resíduos têm sido encontrados em praticamente todos os lugares, desde oceanos e florestas até em organismos vivos, como aves, tartarugas e baleias que acabam se alimentando do plástico que vai parar na natureza. A decomposição lenta do plástico libera microplásticos, que acabam sendo consumidos pelo ser humano através da ingestão de peixes e mariscos contaminados.

Além disso, a poluição possui efeitos econômicos negativos, visto que geram danos ao ecossistema e a saúde. Os custos associados à limpeza de praias e áreas afetadas, tratamento de água contaminada e perda de biodiversidade são altos, afetando tanto as comunidades locais quanto a economia em geral. Além disso, a poluição plástica prejudica setores como pesca, turismo e atividades costeiras, que dependem de ecossistemas saudáveis para prosperar. Investir em soluções para combater a poluição plástica não apenas protege o meio ambiente, mas também contribui para a criação de empregos e o desenvolvimento econômico sustentável, promovendo uma sociedade mais equilibrada e próspera.

DESAFIOS ENFRENTADOS

Descarte de plástico. Foto: Shutterstock

Ainda, o relatório destaca que a produção e o consumo excessivo de plástico são os principais impulsionadores desse problema. A falta de uma infraestrutura adequada de gerenciamento de resíduos em muitos países resulta em um descarte inadequado. Além disso, a falta de conscientização e educação sobre os efeitos da poluição plástica contribui para a perpetuação desse problema.

SOLUÇÕES E INICIATIVAS PROMISSORAS

Redução do consumo de plástico: Uma das abordagens-chave para combater o consumo é reduzir o consumo excessivo de plásticos descartáveis. Muitos governos e empresas estão implementando medidas para proibir ou restringir itens plásticos de uso único, como sacolas, canudos e embalagens desnecessárias.

Reciclagem e economia circular: A promoção da reciclagem e a transição para uma economia circular são estratégias importantes. Melhorar as infraestruturas de reciclagem, incentivar a separação adequada de resíduos e promover a utilização de plástico reciclado na fabricação de novos produtos são medidas que podem reduzir a demanda por plásticos virgens.

Inovação de materiais: Pesquisadores e empresas estão trabalhando no desenvolvimento de materiais alternativos ao plástico, biodegradáveis e compostáveis. Esses materiais oferecem uma solução mais sustentável.

Campanhas de conscientização e educação: Educar o público sobre os negativos da conduta plástica e promover mudanças de comportamento são fundamentais. Campanhas de conscientização estão sendo realizadas para informar as pessoas sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem de plásticos, incentivando escolhas mais ecológicas.

Cooperação internacional: A poluição plástica é um desafio global que exige colaboração entre governo, organizações e empresas. A cooperação internacional é fundamental para compartilhar conhecimentos, recursos e melhores práticas na luta contra a poluição plástica. A implementação de acordos internacionais e a criação de parcerias entre países são importantes para abordar efetivamente essa questão.

Em resumo, a poluição plástica é um problema global que requer ações em várias frentes para ser combatido. A redução do consumo de plásticos descartáveis, a promoção da reciclagem e da economia circular, o desenvolvimento de materiais alternativos e a conscientização e educação do público são estratégias importantes para enfrentar esse desafio. Além disso, a cooperação internacional é fundamental para garantir uma abordagem coordenada e eficaz para lidar com esse problema. Cada um de nós tem um papel a desempenhar nessa luta, adotando práticas sustentáveis ​​e apoiando iniciativas que visem combater a poluição plástica. Somente através de esforços conjuntos poderemos preservar a saúde do nosso planeta e garantir um futuro sustentável para todos.

 

FONTE: https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/42437/Plastic_Pollution_WED23EN.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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2º ENCONTRO PRESENCIAL DE FITOSSANIDADE

Turma de Fitossanidade 2022

Na última semana, de 06 a 10 de fevereiro, o Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias (PECCA), realizou o segundo encontro presencial para os alunos da Pós-Graduação Lato Sensu em Fitossanidade, turma de 2022.

Turma de Fitossanidade 2022 no seu 2º encontro presencial. Todos os alunos estão em frente ao prédio.
Turma de Fitossanidade 2022

O EVENTO

O encontro foi realizado na Universidade Federal do Paraná, campus Agrárias, e contou com a presença de alunos de todo o Brasil. O professor Dr. Henrique da Silva Silveira Duarte, Coordenador do curso de Fitossanidade, falou sobre a experiência que o encontro proporcionou para os alunos presentes: “Realizamos o segundo encontro presencial e contamos com palestrantes de alto nível. Tivemos em torno de noventa estudantes, que vieram de todos os locais do Brasil e tiveram a oportunidade de aprimorar os seus conhecimentos e fazer uma rede de contatos.”

O evento contou com profissionais qualificados da área, com o intuito de trazer um viés prático ao curso. Além de palestras na área de Fitopatologia, Entomologia e Estatística, os alunos tiveram a oportunidade de ter um bom networking, através de trocas de experiências. Temas como o manejo integrado de plantas daninhas, doenças e pragas, foram abordados com foco em mostrar principalmente as medidas de controle químico e biológico.

 

Foto de um espaço amplo, coberto com telhado de bambu, onde várias pessoas estão de pé conversando e lanchando. Foto da turma de Fitossanidade em seu 2º encontro presencial.
Coffee break

O QUE DIZEM OS ALUNOS

A estudante Patrycia Elen Costa Amorim, que veio do estado do Maranhão para acompanhar a semana de encontros presenciais do PECCA, afirma que o curso de pós-graduação trouxe e continua trazendo o aprimoramento e atualização na área proposta: “A escolha para participar desse curso de especialização em Fitossanidade, foi devido ao renome da instituição e a excelência do corpo docente. Além disso, poder participar desse curso, contribuiu para promover uma atualização no meu conhecimento na área de Fitossanidade quanto a tecnologia de aplicação de agrotóxicos, o controle e manejo de pragas de ervas daninhas e doenças, de uma forma sustentável, moderna e principalmente racional.

O CURSO

O objetivo do curso de especialização é qualificar profissionais na área de Fitossanidade para uma agricultura moderna, sustentável e economicamente viável. Além disso, tem como objetivo consolidar a proteção de plantas, frente às técnicas agrícolas sustentáveis, visando a conservação e melhoria do ambiente de produção.

As inscrições para a turma de 2023 de Fitossanidade, já estão abertas. O curso acontece na modalidade EAD, seguindo modelo semipresencial, dividido em 2 módulos, com 7 disciplinas cada. No final de cada módulo, acontecem os encontros presenciais que tem como intuito trazer um conhecimento prático. 

 

Todas as informações referentes a valores, conteúdo programático, carga horária e currículo de professores, se encontram no site oficial do PECCA, que poderá ser acessada através do link: https://ufpr.pecca.com.br/pos-graduacao-lato-sensu-em-fitossanidade/

Inscreva-se na turma 2023 do curso e garanta sua vaga! Acesse: https://www.prppg.ufpr.br/siga/visitante/processoseletivo/fitossanidade

PEC DO IPTU VERDE

A imagem traz uma grama e um casa. Texto: IPTU VERDE

PEC DO IPTU VERDE

A imagem traz uma grama e um casa. Texto: IPTU VERDE
IPTU VERDE

Em dezembro de 2022 o Senado aprovou em dois turnos a Proposta de Emenda à Constituição – PEC n. 13/2019, chamada de PEC do IPTU Verde. Esta proposta busca alterar o art. 156 da Constituição Federal a fim de estabelecer critérios ambientais para a cobrança do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, beneficiando quem colabora com a natureza.

O chamado IPTU verde é uma medida extrafiscal que permite aos municípios redução do valor do imposto àqueles proprietários-contribuintes de imóvel urbano que adotem comportamento ecologicamente sustentável.

A PROPOSTA

A partir dos critérios presentes na PEC, são previstas alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel, com descontos nas alíquotas de áreas nas quais se proporcione o reaproveitamento de águas pluviais, o reuso da água servida, o maior grau de permeabilização do solo, a utilização de energia renovável no imóvel, o tratamento local de águas residuais e a presença de telhados verdes. Ademais, quanto mais é mantida a vegetação no imóvel maior o desconto na alíquota.

Atualmente os prefeitos só podem diferenciar as alíquotas de acordo com os critérios presentes na Constituição Federal. A mudança prevista na PEC é necessária a fim de estabelecer autorização e critérios de forma expressa pela Constituição Federal, dando maior segurança jurídica ao legislador municipal quando da elaboração de legislação local que permita a aplicação do IPTU verde.

PERSPECTIVAS

Algumas prefeituras se manifestaram em um primeiro momento contra a alteração constitucional, devido à dúvida quanto à redução de arrecadação. Entretanto, percebe-se que inexiste impacto relevante para a arrecadação dos municípios e que, além disso, o custo benefício é muito grande considerando a grandeza da necessidade de avançar nos usos sustentáveis de áreas urbanas, ainda mais considerando os compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP27.

O texto agora segue agora para votação pela Câmara dos Deputados.

Confira todos os detalhes da proposta em: PEC 13/2019 – Senado Federal

 

 

Autora: Thais Giselle Diniz Santos – Doutoranda em Direitos Humanos e Democracia pela Universidade Federal do Paraná (PPGD-UFPR)

Texto desenvolvido para: PECCA | Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias

ESG e sustentabilidade corporativa nas empresas florestais

Imagem mostra uma auditório com poltronas vermelhas e detalhes em madeira. Algumas pessoas estão sentadas nas poltronas e dois palestrantes estão na frente, em pé." width="300" height="129" /> Abertura do evento no auditório do Campus Agrárias da UFPR
Abertura do evento no auditório do Campus Agrárias da UFPR

Aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de outubro, o encontro presencial do curso de MBA em Gestão Florestal EAD, do PECCA, o Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias da UFPR. No evento, os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre temas vinculados à atuação profissional, com diversos profissionais capacitados da área.

Greenwashing e compliance 

O primeiro dia de palestras contou com a presença do Mestre Marcelo L. Schmid, engenheiro florestal, advogado e sócio-diretor do grupo Index Florestal [Grupo Index ]. A palestra teve como objetivo discutir assuntos relacionados a ESG e sustentabilidade corporativa nas empresas florestais. Nesse sentido, foram elucidados alguns termos como Greenwashing,  que significa “lavagem verde”, ou seja, ações empresariais que demonstram ser sustentáveis, contudo, não são. O palestrante citou também assuntos voltados à compliance, que significa estar em conformidade com as normas legais e regulamentares.  Assim também, Marcelo apontou a importância de cumprir a legislação aplicável, e mais do que isso, começar a criar as próprias regras internas. Desta forma a empresa identifica e corrige suas inconformidades e mantém uma boa relação com a comunidade.

A importância do ESG

Outro conceito importante apresentado foi o de ESG (environmental, social and governance), que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. O termo refere-se ao conjunto de ações utilizadas por empresas para minimizar seus impactos no meio ambiente e assim se tornarem mais sustentáveis. Além disso, o palestrante afirmou que é possível ser sustentável e alcançar bons resultados, ou seja, pensar no meio ambiente é lucrativo.

Saiba mais sobre o PECCA

Os cursos de pós-graduação do PECCA contam com os eventos presenciais, que possibilitam a troca de conhecimentos, network, experiências práticas e ampliam a interação entre os alunos. Além de professores do curso, participam também profissionais convidados que proporcionam um viés prático aos estudos.

Para saber mais sobre cursos, valores e editais abertos, acesse: PECCA |UFPR

Encontro Presencial Especialização em Direito Ambiental da UFPR

Foto do grupo de alunos e palestrantes num ambiente externo com árvores em volta.
Foto do grupo de alunos e palestrantes num ambiente externo com árvores em volta.
Turma de Direito Ambiental

O Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias da UFPR realizou, de 18 a 20 de outubro, o Encontro Presencial da pós-graduação EAD em Direito Ambiental.

Alunos de diversos estados se reuniram e a programação abordou principalmente temas vinculados à atuação profissional. Nesse sentido, além de professores do curso, participaram profissionais convidados que proporcionaram um viés prático aos estudos.

Os estudantes foram convidados a conhecer o escritório De Paola & Panasolo S.A, localizado no bairro Juvevê, em Curitiba, e compartilharam suas experiências. “Eu gostei muito, gostaria de parabenizar vocês, essa ideia de fazer o encontro presencial humaniza. Deixamos de ver o aluno ou o professor na tela do computador e começamos a sentir e ter as pessoas aqui conosco e isso unifica essa harmonização do grupo, do conteúdo” comenta Jéssica Ferreira, que é aluna do curso e veio de Joinville (SC) para participar dos três dias de evento. Além disso, Jessica reforçou que também acha importante manter as aulas de forma remota, pois, dessa maneira pessoas de diversos lugares podem participar. “Apoio a questão das aulas online com esses encontros presenciais, porque o ensino à distância possibilita que outros alunos possam ter acesso”.

O PECCA oferta cursos de pós-graduação à distância e organiza encontros presenciais possibilitando a interação de alunos e professores. Para Débora Hanczuruk de Almeida, aluna da especialização em Direito Ambiental, a possibilidade de um curso EAD traz muitas vantagens. “A minha experiência com o PECCA está sendo muito boa, tenho gostado muito do conteúdo, da forma como são expostas às matérias e como é colocado para cada aluno, a possibilidade que abre para a sociedade como um todo, o mundo como um todo, pois todos conseguem acessar”. Nesse sentido, Débora destaca suas impressões sobre a organização do curso: “o material é muito bem colocado, a escolha dos professores, o cronograma de matérias ficou muito organizado e claro pra todo mundo, de uma abrangência muito boa.”

O PECCA oferta dezenas de cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu, voltados para as áreas de Ciências Agrárias, Florestais e Ambientais. Além disso, o programa possui  mais de 20 anos de experiência e uma equipe treinada para desenvolver a contínua capacitação dos profissionais que buscam aprimorar-se para os novos desafios do mercado atual. São mais de 5000 alunos formados, com certificação emitida pela UFPR, com validade idêntica aos cursos presenciais.

Se deseja saber mais sobre cursos, valores e editais abertos, acesse: PECCA |UFPR

Brasil terá fábrica de madeira engenheirada, usada na construção de prédios

Material, considerado o futuro da construção civil, já está sendo utilizado pela empresa Amata na estrutura de dois prédios em São Paulo

Projeto de prédio em madeira engenheirada, do Centro de Design e Inovação, na Colúmbia Britânica (Canadá)

 

Amata, empresa brasileira que atua na gestão sustentável e rentável de ativos florestais, implantará uma indústria de alta tecnologia no Brasil para a produção de madeira engenheirada, destinada à construção civil. Segundo a companhia, o investimento será de R$ 100 milhões e a previsão de inauguração é 2022. A nova fábrica terá capacidade produtiva de 60 mil metros cúbicos e utilizará o pinus como matéria-prima, de acordo com a CEO da Amata, Ana Bastos.

A construção da fábrica é vista pela empresa como uma oportunidade para trazer ao Brasil uma tecnologia que é tendência mundial, dando uma nova perspectiva para o futuro da construção civil. Para Ana Bastos, o mercado brasileiro tem grande potencial de desenvolvimento, a julgar pela adoção da madeira engenheirada em países como Inglaterra, Canadá, Alemanha e Estados Unidos.

Nos últimos anos, a companhia já estava buscando aprender e desenvolver a construção em madeira engenheirada. “Até então, trouxemos essa tecnologia para o Brasil por meio da importação de vigas e painéis de madeira laminada colada. Agora, estamos anunciando a construção da fábrica no país. Iniciaremos a compra dos equipamentos ainda neste ano e, em 2022, já começaremos a produzir os painéis. Acreditamos que isso acelerará o mercado da construção civil em madeira, dando tranquilidade para arquitetos e construtoras para o desenvolvimento de projetos utilizando o material, tendo a garantia de que terão um produto de qualidade para aplicação”, disse o diretor de operações da Amata, Patrick Reydams.

Segundo a CEO da empresa, o material que será produzido pode ser utilizado em empreendimentos de diferentes perfis. No mundo, diz Ana Bastos, a madeira engenheirada está em escolas, hospitais, museus, prédios comerciais e residenciais. “Vamos tirar a madeira do lugar que ela está hoje”, diz a executiva, enfatizando que, com a nova tecnologia, a madeira deixa de ser um acessório e passa a participar do sistema estrutural das obras.

Projetos em desenvolvimento

No momento a Amata está construindo dois prédios totalmente em madeira em São Paulo (SP). “O prédio da Avenida Faria Lima tem quatro andares e em seis semanas finalizamos toda a parte estrutural da obra. O outro empreendimento, chamado Prédio Amata, construído em parceria entre a Amata e o estúdio de arquitetura Triptyque, terá 13 andares e será construído no bairro da Vila Madalena, totalmente em estruturas de madeira e CLT [sigla do termo em inglês ‘cross laminated timber’, ou madeira laminada cruzada, um dos tipos de madeira engenheirada], contou Patrick Reydams.

Benefícios da madeira engenheirada

Ana Belizário, gerente de projetos da Amata, ressalta que o uso da madeira engenheirada – como CLT e glulam (glued laminated timber, ou madeira laminada colada) – gera redução de prazos e de custos; diminui a quantidade de resíduos nas obras; melhora o desempenho térmico; e promove a economia em fundações e revestimentos, já que ela pode ficar aparente.

Outro importante benefício é a captura de CO² (dióxido de carbono). Ana Belizário citou como exemplo um projeto desenvolvido no Canadá, com 18 pavimentos. “Foram necessários 70 dias para construir estrutura e fachada, resultando na captura de cerca de 2.400 toneladas de CO²”, disse.

 

Fonte: https://blogs.canalrural.com.br/florestasa/2020/02/19/fabrica-para-producao-de-madeira-engenheirada/

Pesquisa obtém muda de Araucária com florada super precoce

Botão floral com folhas (fotos F, Zanette)

 

Um fato inédito está sendo comemorado por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná. O professor Flávio Zanette, que há 34 anos pesquisa sobre a Araucária e atua na pós-graduação em Produção Vegetal, anunciou a obtenção de uma precocidade sem precedentes com a planta. Uma muda de Araucária foi enxertada com um pedaço de tronco e, com apenas dois anos e meio de enxertia, os ramos já têm botões florais se formando. Até agora, a expectativa era de que a florada ocorresse apenas após cinco anos da enxertia.

As razões da precocidade são apontadas por Zanette: a enxertia adequada com material adulto e a seleção de uma matriz produtiva de alta qualidade e produtividade. O tronco enxertado tem como origem o clone de uma Araucária existente em Caçador (SC), famosa por produzir cerca de 200 kg de pinhões ao ano, quando o habitual não passa de 100 kg ao ano em plantas de boa qualidade.

Outra questão importante é que o enxerto foi feito com tronco, e não com galhos. A muda enxertada gerou copa e galhos. Zanette explica que a Araucária é uma planta bastante peculiar, que reúne características tanto de palmeiras quanto de árvores. A Araucária tem na copa três elementos distintos: tronco, ramos e grimpa, cada um com diferentes potencialidades de produção. Uma araucária comum produz apenas nos ramos, que são as camadas que ficam na copa da planta. Alguns indivíduos   mais produtivos conseguem produzir no ramo e na grimpa (que é a parte que envelhece e cai). A de Caçador (SC), com sua genética privilegiada, chega a produzir num galho e nas  grimpas 23 pinhas (o normal são quatro, apenas no galho).

Quanto à precocidade, na natureza, sem enxertia, uma Araucária só inicia a produção depois de 10 anos de plantio.  Com o novo experimento realizado pelo professor Zanette, as primeiras pinhas devem ser colhidas em meados de abril de 2022, menos de cinco anos após o plantio. E nesse ritmo, é possível ter plantas selecionadas e enxertadas que poderão aos 15 anos de idade produzir cerca de 100 kg de pinhões por árvore/ano, quando a média nessa idade não passa de 20kg.

“Para mim isso representa atingir o alto do Everest. Posso dizer que minha pesquisa está concluída, posso descansar”, diz ele.

As plantas enxertadas e já com a florada estão no Jardim Clonal mantido pelo professor Zanette em Curitiba. Elas são cultivadas com objetivo de gerar material para novas enxertias de alta qualidade.

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/pesquisa-obtem-muda-de-araucaria-com-florada-super-precoce/

Aves marinhas retornam à natureza após cuidados no Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR

Um gaivotão (Larus dominicanus) e uma fragata (Fregata magnificens) — também chamada de tesourão — foram reintegrados ao meio ambiente em Pontal do Paraná nesta sexta-feira (17) pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, que executa no Paraná o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). As aves foram resgatadas no litoral paranaense em dezembro.

O resultado da soltura será acompanhado por biólogos e veterinários por meio da anilha que as aves receberam assim que tiveram a saúde restabelecida. “Estamos torcendo para que logo sejam avistadas alçando voos em nosso litoral”, diz a bióloga marinha e pesquisadora Camila Domit, que coordena o LEC.

 

Gaivota se recuperou aos cuidados dos Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, coordenado no Paraná pela UFPR em Pontal do Paraná. Fotos: PMP-BS/LEC/Divulgação

 

As aves marinhas fazem parte do grupo composto por 24% do total de animais resgatados pelo LEC que conseguem ficar saudáveis a ponto de poderem ser reintegrados à natureza. “O percentual pode parecer pequeno, mas considerando o estado de debilitação que animais marinhos encalham, entendemos que é expressivo e mostra um bom resultado”, avalia Camila.

Segundo o LEC, o gaivotão foi encontrado debilitado, em 20 de dezembro, provavelmente devido a intoxicação por toxina botulínica (botulismo), causada por alimento contaminado pela bactéria causadora da doença. “Esta doença possivelmente foi a causa de outros encalhes que registramos”, acredita Camila.

Já a fragata, resgatada em 30 de dezembro, foi encontrada com uma laceração na asa esquerda que a impedia de voar. O tratamento da ave durou até que essa capacidade fosse restabelecida.

Depois de receberem os cuidados médicos, as aves passaram por um período de adaptação em um recinto externo do laboratório, onde voltaram a se alimentar, alçar voos e realizar comportamentos de higienização e arrumação das penas.

Sobre o PMP-BS

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O PMP-BS é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O LEC/UFPR monitora o Trecho 6 (Paraná), compreendido entre os municípios de Guaratuba e Guaraqueçaba.

Quem avistar tartaruga, golfinho ou ave marinha morta ou debilitada no litoral deve entrar em contato com a equipe através do telefone: 0800 642 3341.

Confira a matéria completa

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/aves-marinhas-voltarao-a-natureza-nesta-sexta-17-apos-cuidados-no-laboratorio-de-ecologia-e-conservacao-da-ufpr/

 

Estação-tubo serve como laboratório sobre comportamento de painéis solares orgânicos

O Grupo de Dispositivos Nanoestruturados da UFPR (DiNE) utiliza desde 2018 uma das simbólicas estações de ônibus da cidade de Curitibasune como laboratório multidisciplinar, o projeto batizado de Estação Tubo de Ensaio tem servido de suporte para testar o comportamento dos chamados Painéis Solares Orgânicos (em inglês Organic Photovoltaics – OPV) além de outras pesquisas relacionadas. O projeto, coordenado pela professora Lucimara Stolz Roman, conta com uma conta no Instagram onde são publicadas postagens de suas atividades, os pesquisadores do projeto recebem bolsas da Capes, CNPQ e também da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel).

 

Painel Solare Orgânico (OPV na sigla em inglês) instalado na Estação-tubo laboratório no Centro Politécnico – foto: Marcos Solivan

 

Os painéis solares orgânicos também foram instalados no prédio onde se localiza o Departamento de Física da UFPR – foto: Marcos Solivan

 

Os primeiros painéis foram instalados no teto da estação em agosto de 2018 e o objetivo tem sido testar a eficiência de produção de energia e a resiliência dos materiais em condições reais de uso em mobiliários urbanos, doados pela empresa Sunew/Jchebly,  que vem apoiando o projeto e é pioneira na produção deste tipo de tecnologia no Brasil. Ao todo são 28 placas instaladas no teto e mais duas nas laterais, uma por dentro do vidro e outra por fora, em torno das quais são realizados monitoramentos como a energia produzida e a medida de acúmulo de sujeira que acabam por prejudicar a geração de energia. As pesquisas envolvem pesquisadores de diversas áreas, como química e física, e das engenharias elétrica e de produção.

Segundo a Roman, a pesquisa traz informações que serão importantes em um contexto de uma expansão do uso deste tipo de tecnologia, podendo estabelecer padrões de uso mais eficientes a partir do comportamento dos painéis na estação.

Painéis orgânicos

A partir da década de 50 a química orgânica teve um grande desenvolvimento o que permitiu o surgimento da eletrônica orgânica a partir da qual se desenvolve esta nova geração de células solares.

Os painéis OPV são fabricados com compostos orgânicos utilizando nanotecnologia, em substituição do silício das placas convencionais e trazem diversas vantagens no processo de produção, instalação e versatilidade de aplicações. Podem ainda ser produzidos utilizando um tipo de impressora adaptada ao material, o DiNE também conta com este equipamento, doado pela Copel, outra apoiadora do projeto. Outra das vantagens é a possibilidade de serem impressos em materiais flexíveis, como plástico PET, tendo menor impacto ambiental que as placas comuns. Calcula-se que a produção de gás carbônico (CO2) deste tipo de painel é 10 vezes menor, contribuindo para diminuição dos gases do efeito estufa.

Outra vantagem é o seu peso, enquanto os painéis de silício pesam em média 15 quilos por metro quadrado, os painéis orgânicos pesam apenas 500 gramas, o que traz a diminuição de custos para instalação, estrutura de sustentação e transporte, permitindo inclusive que sejam coladas como adesivos em estruturas pré-existentes, como na estação. Estas células também podem ser instaladas na vertical ou horizontal, dependendo pouco do ângulo de incidência solar, o que não ocorre nas convencionais, que precisam ser instaladas em um ângulo que varia de acordo com a latitude do local. Além dessa versatilidade, os painéis tem uma vantagem estética e de aplicação, por serem um material semitransparente e absorverem os espectros ultravioleta e infravermelho podem ser utilizados como insulfilmes, podendo ainda ser produzidos em diferentes cores.

por Rodrigo Choinski

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Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/estacao-tubo-de-ensaio-fisica-paineis-solares/

Pesquisadoras da UFPR buscam a conservação de tubarões e raias do litoral do Paraná

Você sabia que quando você come cação, na verdade está consumindo um tubarão ou uma raia? Isso porque eles são do mesmo grupo: os elasmobrânquios, peixes cartilaginosos que são objeto de estudo de um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O objetivo delas é buscar maneiras de conservar essas espécies no litoral paranaense, uma vez que os animais são ameaçados pela pesca desordenada e pela falta de políticas públicas de conservação.

“Estamos falando de animais que têm um papel ecológico na manutenção do ecossistema. A retirada deles afeta a economia e o ambiente, pois pode faltar o peixe para o pescador e para outras espécies marinhas”, explica a doutoranda em Zoologia Renata Daldin Leite.

 

A raia-viola-do-fucinho-curto (Zapteryxbrevirostris), o cação-rola-rola (Rhizoprionodon Spp.) e a raia-viola (Pseudobatos Spp.) são algumas das espécies já investigadas pelo grupo. Para ter acesso aos animais, as estudantes têm contato com pescadores nativos das praias de Matinhos. A rotina depende de cada trabalho e da quantidade de peixes a serem analisados, como aponta a mestranda em Zoologia Aline Prado. “Isso depende do mar, da temperatura e das espécies, pois cada uma tem um período de ocorrência diferente no nosso litoral”. Os pescadores as avisam quando aparece alguma espécie de interesse para que consigam analisá-las, se possível, ainda vivas. “Quando se trabalha com fisiologia, você precisa do animal vivo, e em cativeiro é difícil encontrar as mesmas características da natureza”, ressalta Renata.

As coletas ocorrem na praia, junto aos pescadores. “Tiramos amostras de sangue, brânquias, gel sensorial, medimos, tiramos fotos e devolvemos ao pescador, caso esteja morto. Se estiver vivo, devolvemos ao mar”, relata Isis Cury, formada em Ciências Biológicas pela UFPR.

Com o material em mãos, as pesquisadoras continuam o trabalho na Associação MarBrasil e no Laboratóriode Fisiologia Comparativa da Osmorregulação (LFCO), do Departamento de Fisiologia. Aspectos como estresse sofrido na captura, fisiologia reprodutiva e diferença de tamanho entre machos e fêmeas são analisados para verificar a interferência na dinâmica dos animais em ambiente marinho. “Sem o trabalho de biologia básica, nós não conseguimos ter informações importantes para os planos de manejo e de conservação das espécies. Muitas delas podem usar o litoral como área de berçário e estamos pescando sem saber essa informação”, enfatiza Aline.

A interação entre as pesquisadoras e os pescadores produz uma troca positiva para os dois lados, pois o conhecimento produzido pelo grupo pode contribuir para uma pesca mais sustentável. Um exemplo são as raias-violas, que possuem duas espécies no Paraná. Embora sejam parecidas, uma é pescada comercialmente e a outra, não. Com o estudo de marcadores de estresse (obtido pelas amostras), as alunas pretendem fazer um material de boas práticas de pesca, evitando que o animal proibido volte ao mar com algum dano. Isso já foi comprovado em outra espécie, a raia-viola-do-focinho-curto, que sofre abortos e diversas lesões quando capturada na pesca.

 

Ainda que alguns elasmobrânquios sejam endêmicos do Atlântico Sul, e sejam ameaçadas por conta da pesca, as estudantes relatam que não há muitos pesquisadores na área. “As pessoas não sabem que esses animais ocorrem aqui. Muitos também falam que não têm como pesquisar, por serem tubarões. Mas não é assim. Basta ir ao mercado de peixes, conversar com os pescadores que você consegue material de estudo”, enfatiza Aline.

Todo este trabalho mostra que, além de que não confundir espécies para o consumo, é essencial entender e preservar os tubarões e raias do litoral paranaense, devido à sua importância ecologia e manutenção da saúde do nosso litoral.

Por ASPEC/UFPR

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Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/pesquisadoras-da-ufpr-buscam-a-conservacao-de-tubaroes-e-raias-do-litoral-do-parana/

Pesquisadores da UFPR desenvolvem embalagem biodegradável como alternativa para uso de sacolas plásticas

Algumas embalagens plásticas podem demorar mais de 100 anos para se degradarem. A desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) pode se deteriorar em torno de cinco meses. O Laboratório de Engenharia Bioquímica e de Biotecnologia (Lengebio) do Departamento de Engenharia Química (DEQ) atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas e inovadoras para a sociedade. Desta vez, o estudo trabalhou com embalagens biodegradáveis.

A pesquisa intitulada “Produção de filmes biodegradáveis” é coordenada pela professora Michele Rigon Spier, do Departamento de Engenharia Química e do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Alimentos (PPGEAL) da UFPR. Segundo ela, seu grande sonho é transferir o conhecimento desenvolvido para a sociedade. “Trabalhamos para que a sociedade produza novos produtos para a geração de emprego local e regional, além de contribuir com geração de renda e produtos eco-friendly. Além disso, existe uma grande preocupação com o meio ambiente, reduzindo quantidades de embalagens plásticas que o poluem”.

 

Professora Michele Rigon Spier e estudante de pós-graduação Luis Alberto Garcia integram equipe do estudo que usa matéria-prima renovável para embalagens. Foto: Divulgação

 

O produto trata-se de uma nova alternativa aos plásticos, pois usa matéria-prima renovável e não polui o meio ambiente. Este projeto de pesquisa teve início em 2018 e encontra-se em andamento com dissertações e teses sobre o tema. O estudo alcançou resultados interessantes do ponto de vista das propriedades mecânicas dessas novas embalagens. De acordo com Michele, algumas propriedades mecânicas são similares às propriedades de filmes plásticos de petróleo, tal como o polietileno de baixa densidade (PEBD). “Os filmes que produzimos poderiam ser aplicados em filmes para recobrimento de produtos, para a produção de sacolas plásticas e mesmo para produção de sacos de armazenamento de lixo. Variando algumas propriedades, podemos inclusive produzir copos, canudos e outros recipientes plásticos”.

Para a pesquisadora, é essencial que as pessoas parem de usar sacolas plásticas oriundas do petróleo. “É importante a utilização das sacolas e outras embalagens que são naturalmente degradadas em poucos meses (até cinco), sem poluir ou desequilibrar o ecossistema, como já é comum em lugares como Europa, Estados Unidos e Canadá”.

O projeto busca apoiadores para ser levado adiante. “Precisamos do suporte institucional governamental, estadual e municipal para tornar esse sonho realidade. Outra alternativa é a iniciativa privada”, diz a professora. Além dela, dois alunos de mestrado e uma aluna de doutorado estão trabalhando nesta linha de pesquisa. O laboratório situa-se no Centro Politécnico da UFPR e é laboratório satélite do Departamento de Engenharia Química e do PPGEAL.

Por Breno Antunes da Luz
Sob supervisão de Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom) e Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/pesquisadores-da-ufpr-desenvolvem-embalagem-biodegradavel-como-alternativa-para-uso-de-sacolas-plasticas/

Professor Aldo Zarbin é eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências na área de Ciências Químicas

Como resultado das eleições realizadas nesta terça-feira (3), o professor Aldo José Gorgatti Zarbin, do Departamento de Química da UFPR, foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), uma das instituições científicas mais antigas do Brasil, fundada em 1916 no Rio de Janeiro. A posse está marcada para maio de 2020.

De acordo com o estatuto da ABC, os membros titulares são eleitos, em caráter vitalício, entre os cientistas radicados no Brasil há mais de dez anos, com destacada atuação científica em dez áreas de conhecimento. Nos últimos 50 anos, a ABC teve cerca de 60 membros titulares na área de Ciências Químicas.

 

O professor Aldo Zarbin em seu laboratório, no Departamento de Química da UFPR. no Centro Politécnico. Foto: Marcos Solivan/Sucom-UFPR

 

Zarbin considera ser membro titular da ABC “a honraria máxima que um cientista brasileiro pode almejar”, além de responsabilidade de igual tamanho.

“Trata-se de uma instituição que antes de mais nada pensa o Brasil, projeta o futuro e propõe soluções para que nos tornemos cada vez mais fortes enquanto nação. Me sinto extremamente feliz por ter sido escolhido pelos melhores cientistas do Brasil para fazer parte desse grupo, e mais ainda por representar minha casa, essa grande instituição, patrimônio dos brasileiros, que é a UFPR. Espero estar à altura dessa responsabilidade, e lutar cada vez mais pela ciência e pela educação no Brasil, caminhos únicos para um país soberano e menos desigual”, afirma.

Além de professor titular da UFPR, Zarbin é pesquisador com bolsa de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 2000 — atualmente, no nível 1B. Sua área de atuação como pesquisador é a nanoquímica.

Ele lidera o o Grupo de Química de Materiais (GQM) na UFPR, que está sediado no Setor de Ciências Exatas, no Centro Politécnico, em Curitiba. Uma das linhas em que Zarbin mais atua é a de produção de grafeno, na qual a UFPR tem posição de destaque no Brasil quanto à produção científica.

Titulares

Além de Zarbin, é membro titular da ABC na área de Ciências Químicas o pesquisador Antonio Salvio Mangrich, professor titular sênior do Departamento de Química da UFPR e bolsista de produtividade 1A pelo CNPq. Mangrich foi eleito em 2017.

Outros professores da UFPR que também são membros titulares da ABC são: Yuan Jin Yun, em Ciências Matemáticas, que tomou posse em 2013; Marcello Iacomini, em Ciências Biológicas, desde 2013; Fábio de Oliveira Pedrosa, Ciências Biológicas, desde 2012; e Carlos Soccol, em Ciências da Engenharia, desde 2014. Todos são bolsistas de produtividade 1A (acesse aqui a série Excelência UFPR).

Sobre a ABC

A centenária Academia Brasileira de Ciências (ABC) é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos, que tem como missão agir de forma independente para alavancar pesquisas que interessam à sociedade brasileira, criando propostas para políticas públicas.

A academia se destaca nas últimas décadas como defensora do desenvolvimento científico do país, promovendo a interação entre os cientistas brasileiros e destes com pesquisadores de outras nações. Fazem parte da instituição mais de 700 cientistas.

De acordo com a entidade, a última eleição contribui para aumentar a participação feminina entre os membros. Entre os titulares, sete eleitos são mulheres; e, entre os 30 afiliados, 14.

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/professor-aldo-zarbin-e-eleito-membro-titular-da-academia-brasileira-de-ciencias-na-area-de-ciencias-quimicas/

Hub de Inovação UFPR será inaugurado na próxima quarta-feira (11)

Ser um espaço colaborativo e aberto para toda comunidade acadêmica, empresas e profissionais. Esse é o objetivo do Hub de Inovação UFPR, que será inaugurado na próxima quarta-feira (11), às 18 horas, no Centro de Convivências do Centro Politécnico. A iniciativa é da Agência de Inovação UFPR, em conjunto com a Renault do Brasil e a empresa curitibana Tecza.

Voltado para o desenvolvimento de projetos, negócios, eventos e outras atividades o espaço visa o fortalecimento de ações de inovação e empreendedorismo dentro e fora da universidade.

O Hub de Inovação UFPR é resultado do edital 04/2019 que selecionou empresas para implantação e desenvolvimento de ambientes de empreendedorismo e inovação na UFPR.

A criação do Hub aposta em um espaço de atração e encontro de pessoas que procuram desenvolver e explorar o potencial empreendedor e inovador empresarial e acadêmico.

A agenda de atividades do espaço estará disponível em breve no site da Agência de Inovação UFPR.

Inauguração do Hub de Inovação UFPR
Data: 11 de dezembro
Horário: 18h
Local: Centro de Convivências do Campus Politécnico
Endereço: Av. Cel. Francisco H. dos Santos, 210 – Jardim das Américas, Curitiba – PR

 

Fonte: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/hub-de-inovacao-ufpr-sera-inaugurado-na-proxima-quarta-feira-11/

Pesquisa mostra diversidade das minhocas e sua distribuição no planeta

A ocorrência e a distribuição de comunidades de minhocas pelo planeta dependem principalmente do clima, em especial das chuvas. Essa foi uma das principais conclusões do maior estudo já realizado sobre esses animais responsáveis pela estruturação do solo e por boa parte da reciclagem da matéria orgânica nele contida.

Recentemente publicado na revista Science,  o trabalho reuniu e analisou enorme base de dados produzidas em 6.928 locais de 57 países, por 134 instituições de pesquisa, entre elas quatro brasileiras: Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Universidade Positivo (UP), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e Embrapa. O objetivo foi mapear os padrões de distribuição espacial das comunidades de minhocas e identificar os fatores que moldam a riqueza e a quantidade das espécies.

“Foi uma surpresa perceber que o tipo de solo e suas características, por exemplo, não têm tanta influência sobre a distribuição das minhocas quanto a precipitação”, conta o pesquisador da Embrapa Florestas George Gardner Brown, coautor da pesquisa. Ele revela que já se esperava que a umidade fosse um dos principais influenciadores da ocorrência desses animais, uma vez que sua respiração se dá pela pele e necessitam de solo úmido para estarem ativos. “No entanto, a precipitação mostrou-se mais importante que fatores como temperatura e cobertura vegetal, além das características do solo”, admira-se o cientista.

Mais sujeitas às mudanças climáticas

Uma das consequências da descoberta é que as minhocas podem ser fortemente afetadas pelas mudanças climáticas no planeta. Brown explica que esses animais reduzem suas atividades fisiológicas durante os períodos de seca, quando entram em diapausa ou ficam inativos. Para retomar a rotina biológica mais ativa, elas são “despertadas” pelo retorno das chuvas. “Isso significa que qualquer alteração climática que interfira nesse processo pode prejudicá-las. Um período de estiagem mais longo pode exaurir as populações de minhocas ao longo dos anos. Chuvas isoladas no meio da seca também podem confundi-las e fazê-las voltar à atividade antes do tempo e deixa-las expostas à escassez de água logo depois”, exemplifica o pesquisador.

De olho nesse problema, Helen Philips, pesquisadora do German Centre for Integrative Biodiversity Research (iDiv), em Leipzig, Alemanha, pretende aprofundar as pesquisas a respeito dos efeitos das mudanças climáticas sobre as minhocas. Philips é a primeira autora do trabalho. Já se sabe, por exemplo, que esses animais são sensíveis não somente à quantidade, mas, principalmente, à regularidade das chuvas.

A perda ou redução das populações de minhocas significaria o desaparecimento de muitos serviços ambientais valiosos que elas realizam, de acordo com Brown, o que afetaria também a agricultura. Elas estimulam a atividade microbiana e agem como engenheiras, formando a estrutura do solo que permite a aeração e a penetração da água e das raízes. “Não é à toa que agricultores e jardineiros a consideram um importante indicador de qualidade do solo, o que, em boa parte, se confirma em nossos estudos”, declara.

O mistério das latitudes

O número médio de espécies encontradas em cada local avaliado variou entre um e quatro, mas curiosamente houve um aumento da riqueza local de espécies conforme o aumento da latitude. A riqueza de espécies encontradas foi maior em latitudes médias do que em baixas latitudes na região tropical. Isso é o oposto do que ocorre com os organismos da superfície, tanto animais como vegetais, os quais apresentam maior diversidade nas regiões tropicais. Os cientistas ainda não descobriram o motivo dessa peculiaridade, mas especulam que ela pode estar relacionada a fatores climáticos como o potencial de evapotranspiração, ao teor de matéria orgânica no solo, à glaciação que ocorreu no período quaternário e a atividades humanas que promoveram a dispersão de minhocas, especialmente espécies exóticas, na região de clima temperado.

No entanto, o cientista da Brown chama a atenção para o fato de que a diversidade de espécies é maior somente nos locais de coleta e não nas regiões como um todo. Ou seja, na França, por exemplo, pode-se encontrar, comumente, um maior número de espécies de minhocas em um determinado local de coleta do que em um sítio brasileiro. Porém, há uma chance bem maior de essas mesmas espécies francesas se repetirem em outros lugares na Europa. Nos trópicos, por sua vez, apesar de haver menos espécies coabitando uma mesma área, a diversidade de espécies é maior, pois elas se repetem bem menos entre um local e outro, o que é conhecido como diversidade beta. Além disso, nos trópicos o número de espécies endêmicas (encontradas em somente um local, ou áreas reduzidas) tende a ser maior.

Quantas minhocas?

O estudo mensurou as comunidades de minhocas por meio de três parâmetros: riqueza de espécies (quantas espécies diferentes foram encontradas no local); abundância (quantidade de indivíduos) e biomassa (peso, registrado em gramas, de todas as minhocas encontradas). Brown detalha que esse último parâmetro é importante porque o tamanho dos animais está diretamente ligado à modificação da estrutura do solo. Uma comunidade numerosa de indivíduos pequenos pode ser menos impactante nesse aspecto do que um grupo menor formado por animais maiores, por exemplo.

Para cada um dos parâmetros foram analisadas as influências de seis variáveis: cobertura vegetal, altitude, tipo de solo, precipitação, temperatura e retenção de água. Foi esse comparativo que revelou a importância das chuvas para a espécie. Enquanto a temperatura e a retenção de água foram determinantes para garantir a abundância das minhocas e a cobertura vegetal esteve fortemente associada à biomassa, a precipitação mostrou-se uma forte influenciadora dos três parâmetros ao mesmo tempo.

O estudo global originou-se da compilação e análise de 180 trabalhos do mundo todo, 16 deles ainda não publicados. “Trata-se de uma contribuição valiosa da pesquisa, pois hoje sabemos muito pouco sobre os organismos do solo e sua distribuição no mundo”, pondera o pesquisador da Embrapa.

Brown lembra que o volume de informações produzidas não é homogêneo em todas as regiões do planeta. “Como em diversas áreas de pesquisa, há abundância de dados para as regiões temperadas e lacunas para as tropicais”, revela ele, frisando que entre os vários motivos dessa disparidade estão as facilidades de acesso a recursos financeiros, humanos, infraestrutura e materiais presentes em países com climas temperados no planeta.

Uma minhoca chamada Embrapa

Além das pesquisas realizadas em seus campos experimentais, a Embrapa abriga uma importante biodiversidade embaixo deles. Pesquisadores brasileiros e estrangeiros já descreveram 13 novas espécies de minhocas em áreas da Embrapa (veja abaixo) e outras 20 aguardam a descrição formal. As mais recentes são a Fimoscolex nivae, a Glossoscolex maschio e a Glossoscolex embrapaensis. As três foram encontradas em áreas da Embrapa Florestas e seus nomes remetem a participantes da descoberta. A F. nivae é uma homenagem a Cíntia Niva, pesquisadora da Embrapa Cerrados; a G. maschio alude a Wilson e Wagner Maschio, pai e filho proprietários de uma área vizinha à Embrapa Florestas na qual a espécie foi encontrada; e a G. embrapaensis homenageia a própria Empresa de pesquisa.

“É bom que o Brasil saiba que a Embrapa também é um importante patrimônio biológico para o País, já que suas unidades de pesquisa, campos e estações experimentais possuem uma enorme riqueza de animais, incluindo insetos e outros invertebrados como a minhoca, por exemplo”, afirma o pesquisador George Brown.

Veja as espécies de minhocas descobertas nas Unidades da Embrapa:

1. Righiodrilus amazonius (Zicsi & Csuzdi, 1999) e

2. Pontoscolex franzi Zicsi & Csuzdi, 1999, ambas coletadas na estação de Capitão Poço, da Embrapa Amazônia Oriental;

3. Righiodrilus moju Bartz, Santos & James, 2017, coletada na estação experimental de Moju, da Embrapa Amazônia Oriental;

4. Cirodrilus righii Zicsi, Römbke & Garcia, 2001, coletada na área experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus,

5. Righiodrilus ortonae (Righi, 1988),

6. Pontoscolex cuasi Righi, 1988,

7. Eukerria guamais Righi, 1971,

8. Urobenus gitus (Righi, 1971),

9. Atatina puba Righi, 1971 e

10. Liodrilus ipu (Righi, 1975), sendo essas seis últimas espécies coletadas na área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém;

11. Fimoscolex nivae Feijoo & Brown, 2018,

12. Glossoscolex maschio Feijoo & Brown, 2018 e

13. Glossoscolex embrapaensis Feijoo & Brown, 2018, coletadas na Embrapa Florestas, em Colombo, Paraná.

 

Fonte: https://noticias.ambientebrasil.com.br/divulgacao/2019/11/04/155136-pesquisa-mostra-diversidade-das-minhocas-e-sua-distribuicao-no-planeta.html

Ford transforma mais de 1 bilhão de garrafas PET por ano em carpete para veículos

A cada minuto, 1 milhão de garrafas plásticas são compradas ao redor do mundo – o que dá 526 bilhões por ano – e a maioria acaba descartada em aterros, rios e oceanos. A Ford encontrou um modo inteligente de reciclar esse material, transformando-o em peças para veículos.

Cada EcoSport traz o equivalente a 470 garrafas plásticas em material reciclado na forma de tapetes e carpetes. Desde o lançamento da nova geração global do utilitário esportivo, em 2012, mais de 650 milhões de garrafas já foram recicladas para esse fim – que se enfileiradas dariam duas voltas ao redor do mundo, pesando mais de 8.000 toneladas.

A montadora começou a usar plástico reciclado em seus veículos há mais de 20 anos, no Mondeo. Hoje, recicla 1,2 bilhão de garrafas PET por ano em todo o mundo para a produção de componentes automotivos, presentes em todos os seus modelos, desde o Ka, Ranger e Edge ST até o Mustang.

“Hoje os consumidores têm uma consciência maior do dano que o descarte de plástico pode causar no ambiente. Mas há muito tempo trabalhamos com a missão de aumentar o uso de materiais reciclados e renováveis nos nossos veículos”, diz Tony Weatherhead,  engenheiro de materiais da companhia na Europa.

O processo para transformar plástico em tapetes e carpetes começa com a fragmentação das garrafas e tampas em pequenos flocos. Depois, em empresas especializadas, eles são fundidos a 260°C e extrudados em fibras com a espessura de um fio de cabelo. Essas fibras são então combinadas com outras e passam por um processo têxtil, formando o material que dá origem ao carpete.

Brasil

Todos os tapetes e carpetes dos veículos da Ford produzidos no Brasil contêm PET reciclado. O trabalho realizado nos laboratórios globais da marca para desenvolver melhores materiais, tanto em termos de durabilidade como de impacto ambiental, é complementado por pesquisas locais de matérias-primas de origem natural. Um exemplo é a fibra de juta, que graças a um projeto pioneiro foi adicionada ao polipropileno no compósito usado na fabricação da tampa do porta-malas do Ka, com ganhos de resistência, redução de peso e sustentabilidade.

“A sustentabilidade é um dos pilares do sistema de desenvolvimento de produto da Ford. Por isso, em todos os projetos de veículos aplicamos a filosofia dos 4R para reduzir, reutilizar, reciclar e repensar o consumo de materiais e insumos, pesquisando novas tecnologias e processos”, diz Cristiane Gonçalves, supervisora de Engenharia de Materiais da América do Sul.

 

Fonte: http://eco4planet.com/blog/ford-transforma-mais-de-1-bilhao-de-garrafas-pet-por-ano-em-carpete-para-veiculos/