Finlândia visa produção de biogás a partir de esterco de gado

Biocombustível poderá ser usado em maquinários agrícolas e caminhões de coleta de leite

A produção de biogás em todo o mundo vem sendo estudada e aplicada em diversas áreas, dentre elas a rural, a qual vem encontrado no esterco do gado uma oportunidade para gerar energia limpa. O uso de biodigestores em fazendas finlandesas, por exemplo, está substituindo os combustíveis fósseis usados no maquinário agrícola e também nos caminhões de coleta de leite.
Atualmente a Finlândia cerca de 15 milhões de toneladas de esterco por ano são produzidos e usados como matéria prima para a produção de biogás em grande escala. Apesar de ainda o mercado não ter decolado no país, a produção de combustível renovável a partir do biogás vem ganhando força e a produção deve aumentar e reduzir as emissões de gases poluentes.
No final de 2018 o Ministério de Transporte e Comunicações da Finlândia publicou um plano de ação com mudanças no transporte do país em direção a 100% de combustível renovável até 2045. Uma solução, segundo os especialistas é aumentar a participação de combustíveis renováveis, como o biogás. Ao mesmo tempo, o governo também estabeleceu uma meta para que 50% do esterco das fazendas sejam reciclados até 2025.
O acordo entre duas empresas no país visa gerar biogás através do esterco de vacas e também encontrar soluções para o desafio climático através disso. Dentre as propostas do acordo está a construção de uma usina de biogás compartilhada.

Heineken cria parque eólico no Ceará para reduzir emissão de CO2

O compromisso da cervejaria holandesa Heinekein com a sustentabilidade e a redução da emissão de CO2 para a produção de sua cerveja no Brasil deixou de ser teórico para enfim tornar-se prático com a inauguração de seu primeiro parque eólico em solo brasileiro – em Aracajú, no estado do Ceará. Gerando 112 mil MWH/ano, trata-se da primeira instalação do tipo ligado a uma marca de cerveja no país, e o maior parque da Heinekein do mundo.

O investimento em 14 aerogeradores custou cerca de R$ 200 milhões, para uma geração de ordem equivalente a 30% da energia consumida na produção das 15 cervejarias ligadas à Companhia no Brasil. O parque de Aracajú é o primeiro passo concreto dado pela Heinekein na direção da sustentabilidade de sua produção brasileira – deixando, assim, de emitir 12 mil toneladas de CO2 anuais, em um total que se equivale à plantação de 400 mil novas árvores.

A empresa possui no Brasil outras fontes de energia limpa para sua produção – como as caldeiras de biomassa que funcionam em diversas unidades, e que chega a cobrir 100% da energia térmica para a produção em Ponta Grossa, no Paraná.

 
O objetivo da Heinekein é, no entanto, muito mais ambicioso: “Nosso objetivo é implementar essa tecnologia nas outras 12 unidades do Grupo nos próximos três anos. Estamos olhando para um futuro próximo, no qual teremos 100% da nossa operação brasileira funcionando a partir de energia limpa até 2023”, afirmou Nelcina Tropardi, Vice-presidente de Assuntos Corporativos & Sustentabilidade do Grupo Heineken no Brasil.