Programas de pagamento por serviços ambientais avançam como alternativa de renda no campo

Iniciativas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) avançam cada vez mais no campo como alternativa de renda para o produtor rural. Projetos que propõem a remuneração pela proteção e conservação de nascentes d’água são os mais comuns. E dois deles, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, se destacam, tanto sob o ponto de vista ambiental quanto econômico, ao estimular o cuidado com os recursos naturais via incentivo financeiro.

No interior paulista, mais especificamente no Vale do Paraíba, um grupo de quatro proprietários rurais de São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos, integra o “Programa São José Mais Água”.

Produtores que conservarem áreas poderão receber R$ 50 mil (Foto: Fundação O Boticário)Produtores que conservarem áreas poderão receber R$ 50 mil (Foto: Fundação O Boticário)

Instituído pela prefeitura, a iniciativa tem como foco – em sua primeira etapa – a conservação e restauração da Bacia do Rio do Peixe, importante fornecedora de água para a represa Jaguari, principal reservatório de abastecimento público da Bacia do Rio Paraíba do Sul.

De acordo com o contrato assinado com o município, os proprietários foram imbuídos de conservar 128,35 hectares e serão recompensados em um total de mais de R$ 50 mil.

O esforço está sob o guarda-chuva da metodologia Oásis, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que, em oito anos de existência, registra a participação de mais de 200 proprietários rurais, que protegem cerca de 2,7 mil hectares e aproximadamente 180 nascentes em quatro Estados.

“O PSA é uma ferramenta nova e está sim ligado à proteção de recursos naturais, porque contribui diretamente com o meio ambiente”, afirma Antônio Carlos de Carvalho Braga, um dos quatro proprietários que participa do “Programa São José Mais Água”.

Por sua vez, o “Programa Rio Rural”, da Secretaria de Agricultura e Pecuária Fluminense, tem entre seus projetos de destaque a campanha “Água Limpa para o Rio Olímpico”, pela qual o agricultor é remunerado por preservar nascentes em sua propriedade. Os recursos são originários do Banco Mundial.

A campanha, que conta com a participação de cerca de três mil produtores rurais, já incentivou a preservação de 3.120 nascentes em todo o Rio de Janeiro. “Os incentivos do programa provocaram uma virada de jogo na minha vida”, diz o agricultor Ayldo da Silva Motta, do município de Silva Jardim, na Região dos Lagos do Estado.

 

Fonte: UniversoAgro

 

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