Estudo mostra que fonte solar fotovoltaica pode aliviar impacto de termelétricas fósseis

estudo mostra que fonte solar fotovoltaica pode aliviar impacto de termeltricas fsseis na escalada da conta de luz 2A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) identificou oportunidade de redução da conta de luz dos consumidores brasileiros, por meio da contratação da fonte solar fotovoltaica em novos leilões de energia do Governo Federal, como forma de aliviar a pressão sobre os recursos hídricos, reduzir os recorrentes despachos de usinas termelétricas fósseis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa do País.

Segundo estudo da entidade, os brasileiros poderiam ser beneficiados com uma economia de entre R$ 2 e 7 bilhões nas contas de luz em menos de cinco anos, via complementação da matriz elétrica brasileira com a fonte solar fotovoltaica, especialmente no subsistema elétrico da região Nordeste, região mais afetada pela seca e pela falta de disponibilidade de recursos hídricos para operação das hidrelétricas da região.

A medida evitaria, também, a liberação de entre 15,4 e 17,9 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera no mesmo período, contribuindo para o cumprimento dos compromissos brasileiros de redução de emissões de gases de efeito estufa, assumidos junto ao Acordo de Paris.

O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, recomendou um debate aprofundado com relação à recente proposta divulgada pelo Ministério de Minas e Energia de contratar novas termelétricas fósseis a gás natural para o atendimento da região Nordeste.

“Porque trocar termelétricas antigas por outras termelétricas, quando poderíamos estar substituindo as termelétricas fósseis por usinas baseadas em renováveis, a preços menores? Temos um imenso potencial renovável subutilizado e que reduziria não apenas os custos financeiros, mas também os custos ambientais, de poluição e de gases de efeito estufa, de uma maneira muito mais efetiva e contundente. Outros países do mundo já começam a contratar renováveis com armazenamento para fins de segurança energética, com preços competitivos e sem emissões de gases de efeito estufa”, questiona Koloszuk.

O trabalho técnico identificou déficit estrutural de garantia física na matriz elétrica brasileira, ou seja, a necessidade de complementar a geração de energia elétrica, como medida de segurança de suprimento, para atender a projeção de demanda presente e futura.

Nos últimos anos, tal complementação tem sido realizada através do acionamento recorrente de termelétricas emergenciais, de custo mais elevado e com emissões de gases de efeito estufa, com consequente repasse destes custos à população. Isso contribui para os aumentos tarifários muito superiores à inflação repassados aos consumidores desde 2013.

“O parque gerador da matriz elétrica brasileira precisa ser robusto o suficiente para atender a demanda projetada, mesmo em cenários adversos, durante períodos de estiagem, e com margem de segurança capaz de assegurar o suprimento e minimizar o risco de déficit, ou seja, de apagões para a população. A fonte solar fotovoltaica pode ser parte estratégica desta solução, sendo uma fonte competitiva e de rápida implantação”, esclarece o presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia.

As termelétricas mais caras do País foram reativadas nos últimos anos como uma medida de segurança de suprimento, por conta da severa crise hídrica que diminuiu a capacidade de geração de energia elétrica das hidrelétricas.

Esta medida foi retomada em 2018, levando o País a estabelecer, por meses consecutivos, a “bandeira tarifária vermelha nível 2”, maior patamar de tarifa previsto no setor e que indica elevação no uso de termelétricas fósseis onerosas para suprir a demanda brasileira.

Confira a matéria na íntegra: Celulose Online.

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