Em Chicago, soja tem variações bastante tímidas nesta 5ª feira, mas opera em campo negativo

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O mercado da soja na Bolsa de Chicago, nesta quinta-feira (7), volta a atuar com estabilidade após as boas altas registradas na sessão anterior. Os futuros da oleaginosa, por volta das 7h20 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 2 pontos entre as posições mais negociadas, levando o julho/16 a ser cotado a US$ 9,13 por bushel.

Apesar das oscilações tímidas, os negócios parecem ter recuperado sua volatilidade, após meses caminhando de lado, principalmente diante do iminente início da safra 2016/17 dos Estados Unidos. As informações sobre a próxima temporada ainda são restritas e referem-se mais ao clima que, neste momento, traz condições de tempo mais frio e úmido, o que poderia, caso continue, atrasar um pouco os primeiros trabalhos de plantio.

Ao mesmo tempo, porém, a mesma volatilidade – só que registrada no mercado financeiro – também pesar sobre os negócios. Após dias consecutivos de queda, ontem os futuros do petróleo subiram mais de 5% em Nova York e ajudaram a puxar os preços da soja. Hoje, a ligeira realização de lucros é inevitável, porém, as baixas ainda não chegam a 0,50%.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja:Mercado fecha em alta na Bolsa de Chicago e puxa preços no Brasil nesta 4ª feira

Após encerrar duas sessões consecutivas em campo negativo na Bolsa de Chicago, os futuros da soja voltaram a subir nesta quarta-feira (6), recuperaram boa parte das últimas baixas e terminaram o dia com altas de mais de 3 pontos entre os principais vencimentos. O contrato maio/16, que é referência para a safra americana, fechou valendo US$ 9,08 por bushel, depois de bater na máxima da sessão em US$ US$ 9,09. A posição novembro/16, que serve como indicador para a temporada dos EUA, terminou os negócios com US$ 9,23.

Analistas internacionais citaram como fatores de impulso para as cotações da oleaginosa a alta do petróleo, a preparação para a nova safra dos EUA e o dólar mais baixo no cenário externo, principalmente no Brasil. Além disso, alguns ganhos também observados nos futuros do óleo de soja contribuíram.

Nesta quarta-feira, o petróleo encerrou o dia com altas que superaram os 5%, voltou a atuar na casa dos US$ 37,00 por barril e trouxe algum estímulo para as commodities de uma forma geral.

Ao mesmo tempo, a moeda norte-americana que começou o dia operando em alta, voltou a perder força e fecho com queda de 0,975 e valendo R$ 3,6453. A pressão, como explicaram analistas veio ainda das perspectivas de mudança na cena política do Brasil, mas também após a ata do Federal Reserve, que, mais uma vez, adotou um tom mais reservado e cauteloso sobre a taxa de juros norte-americana, que poderia passar por uma alta ainda em abril.

No entanto, o componente mais observado pelo mercado internacional de grãos, neste momento, passa a ser o clima nos Estados Unidos e os impactos que pode ter, daqui em diante, na disputa por área nos Estados Unidos.

“E as previsões climáticas indicam tempo mais frio e úmido para o Meio-Oeste americano na próxima semana, o que poderia tornar mais lento o início do plantio”, explica Bob Burgdorfer, analista de mercado do site internacional Farm Futures. As condições, embora não sejam as mais adequadas para o início dos trabalhos de campo, também não são apontadas, ainda, como um grande problema para a safra 2016/17. O mercado climático está apenas no início e os mapas têm sido acompanhados diariamente.

E Burgdorfer completa afirmando que, assim com no milho, o plantio da soja no Corn Belt deverá começar assim que a temperatura dos solos subir. Entretanto, os mapas para um período dos próxioms 6 a 10 dias ainda indicam a chegada de mais chuvas e temperaturas mais baixas.

Essas informações devem ainda, segundo explicam analistas, acabar com a lateralização do mercado, trazendo de volta a volatilidade, principalmente frente às mudanças pelas quais podem passar as projeções de área de plantio.

Mercado Nacional

No Brasil, os atuais patamares de preços ainda não atraem os vendedores, principalmente com essa nova baixa do dólar frente ao real, mas, principalmente, depois do elevado volume já comercializado anteriormente e a valores mais altos. As operações desta semana, portanto, seguem pontuais, e com volumes não muito elevados.

Ainda assim, apesar do recuo da divisa americana, os preços subiram no mercado nacional, com os portos e praças de comercialização do interior do país registrando ganhos significativos. Em Tangará da Serra, Mato Grosso, a referência foi a R$ 59,00, subindo 1,72%; em Cascavel/PR, alta de 1,59% para R$ 64,00 e São Gabriel do Oeste/MS, R$ 61,50, com alta de 0,82%.

No terminal de Paranaguá, a soja disponível subiu 0,65% e foi a R$ 77,00, enquanto no de Rio Grande o ganho foi de 0,40% para R$ 75,50 por saca. A oleaginosa a ser embarcada entre maio e junho subiu 0,65% no terminal paranaense, para também bater nos R$ 77,00, enquanto no gaúcho caiu 0,65% para R$ 76,00 por saca.

No mercado brasileiro, porém, ganham força os negócios de compra de insumos para a safra diante de um menor patamar sendo praticado para o dólar. A relação de troca se mostra favorável neste momento, como explicam consultores, e trazem, portanto, boas oportunidades.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas
www.mbaagronegocio.ufpr.br

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