Agronegócio e Dia das Mães: ligados como mãe e filho

Maior produtor nacional de flores já fechou o balanço: faturamento 12% maior que o ano passado.

Holambra, no interior de São Paulo, é a “casa das flores”: 40% da produção nacional é feita na cidade

Holambra, no interior de São Paulo, é a “casa das flores”: 40% da produção nacional é feita na cidade. Foto: Divulgação

Do atacado ao varejo, o agronegócio e o Dia das Mães são ligados como mãe e filho. Holambra, no interior de São Paulo, é a casa dessa família. A cidade produz 40% das flores do mercado nacional florista e responde por 80% das exportações do gênero. No mês das mães, então, o clima fica ainda mais amoroso.

A maior cooperativa da cidade, a Veiling Holambra, divulgou o balanço em primeira mão à Gazeta do Povo: 12% de faturamento a mais que o ano passado, com encomenda 4% maior no volume de flores por conta dos varejistas. A cerca de 500 km dali, em Curitiba, Mauricio Sorgenfrei é um dos empresários que lucra com esse mercado apaixonante. Ele espera aumento de 10% no faturamento comparado a 2016.

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Mauricio Sorgenfrei, proprietário da Agapanthus Floricultura. Foto: Divulgação

“Ano passado tivemos crescimento mínimo, que acompanhou a variação da inflação. Agora temos uma expectativa maior”, afirma Mauricio, proprietário da Agapanthus Floricultura.

Um dos motivos para a retomada, segundo o empreendedor, é o aumento da confiança do consumidor, mas também diz que a flor virou mais do que um “agrado”. “Flores sempre foram muito associadas como um complemento de um presente. A expectativa neste ano é que muitos só comprem a flor”, destaca.

Mercado de futuros” para a melhor data

Nas fazendas de flores de Holambra, em março aproximadamente 60% das flores para distribuição nacional estava negociada – praticamente um “mercado de futuros”. “Muitos empresários encomendaram em março, quando fizemos um evento de dois dias em que o cliente negocia com o produtor e fecha os pedidos. Dez dias antes eles fazem o carregamento”, informa a gerente comercial da Veiling Holambra, Rachel Osório.

Os chamados produtos de corte, como as tradicionais rosas, devem ter crescimento de 25% neste ano – 4 milhões de unidades foram negociadas, segundo a Veiling. Já as orquídeas devem crescer 20%, conforme a cooperativa.

Na Ceasa Curitiba, os 20 atacadistas do ramo de flores e plantas ornamentais que atuam no local também têm grandes expectativas. A movimentação mensal do setor, geralmente, é de 320 toneladas. Neste mês, ela deve superar 30%. “Esse período equivale praticamente às semanas do Dia dos Namorados, de Finados e, também, de final de ano, quando as pessoas costumam presentear familiares e amigos com flores”, diz o gerente da Ceasa de Curitiba, Joarez Miranda.

Já no varejo, as vendas acontecem em três dias: sexta, sábado e domingo. “É nossa data pontual de maior venda no ano, mas o melhor mês ainda é dezembro pelo número de eventos”, comenta Maurício. Após o Dia das Mães, segundo ele, as datas mais esperadas pelas floriculturas são o dia dos namorados, da mulher e da secretária.

Fonte: Giorgio Dal Molin – Gazeta do Povo 

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