Clima: MMA reforça ação do setor econômico

O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, defendeu, nesta quinta-feira (29/09), que as ações para conter o aquecimento global devem ser incorporadas pelo mundo financeiro e que o desenvolvimento dos países não pode prescindir da economia de baixo carbono e da sustentabilidade.

“A mudança do clima deve ser vista como oportunidade de desenvolvimento sustentável e assumida como um tema transversal, não somente ambiental, perpassando as políticas públicas, as atitudes individuais e a atuação dos setores produtivos”, afirmou Lucero.

Ele proferiu a palestra “Os pilares da política de mudança do clima e florestas no contexto do desenvolvimento sustentável”, durante o XV Encontro Verde das Américas – Greenmeeting 2016, em Brasília.

Lucero destacou que, no Brasil, se até pouco tempo as mudanças no uso da terra, notadamente o desmatamento, eram os principais responsáveis pela alta emissão de carbono na atmosfera, a realidade mudou e hoje os setores de energia e de agropecuária tomaram a dianteira. “Principalmente na região amazônica as políticas de comando e controle foram responsáveis por uma queda no índice de desmatamento”, disse.

METAS GLOBAIS

Durante a palestra, o secretário destacou o papel do Ministério do Meio Ambiente na condução das políticas ambientais nacionais e afirmou que a pasta está elaborando uma estratégia de captação de recursos para a execução do Acordo de Paris. “A proposta deve estar pronta para ser discutida pela sociedade no primeiro semestre de 2017”, adiantou.

De acordo com ele, o diálogo com o setor financeiro para identificar políticas que reorientem fluxos financeiros e de investimentos para atividades sustentáveis é, inclusive, um dos objetivos do Acordo de Paris. “É necessário o engajamento dos governos locais na definição de políticas nacionais e na interlocução com setores como eficiência energética, indústria, serviços, agricultura e mobilidade”, disse. “E também com a sociedade, em um projeto de desenvolvimento nacional de longo prazo e de baixo carbono”, completou.

Lucero acredita que, por estar em desenvolvimento, o Brasil se mostrou ousado nas metas nacionais pactuadas no Acordo de Paris, comprometendo-se a reduziras emissões de carbono em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005.

“Atingir os valores propostos é uma responsabilidade dos setores envolvidos e de cada cidadão”, afirmou. A média de uso de carbono per capita no Brasil estava em torno de 6,5 toneladas e deve cair para 6,02% em, 2025 e para 5,04% em 2030.

INCENTIVOS

Ainda no Encontro Verde das Américas, a diretora de Políticas para o Combate ao Desmatamento do MMA, Thelma Krug (foto abaixo), anunciou que uma nova modalidade passará a integrar o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). A medida entrará na quarta fase e contará, agora, com um eixo temático voltado para instrumentos normativos e econômicos. “É uma forma de dar incentivos e mostrar como a floresta pode ser aproveitada de modo sustentável”, afirmou Thelma Krug.

De acordo com ela, o fomento ao desenvolvimento tecnológico e a iniciativas inovadoras também será uma das prioridades do governo federal no combate ao desmatamento. “Esse é um plano de Estado, um compromisso de várias instituições”, explicou. Entre eles, está a meta de reduzir o desmate em 80% até 2020. “Temos uma preocupação enorme com a vulnerabilidade e a sensibilidade que as florestas terão com a mudança do clima”, acrescentou.

 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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